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15 de janeiro de 2025

Ceará debaterá trabalho análogo à escravidão com gestores públicos

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Curso será dividido em quatro encontros, sendo três on-line e um presencial em Marco, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e Lavras da Mangabeira e mais 12 cidades

Redação OPINIÃO CE
redacao@opiniaoce.com.br

Formação ocorre na Capital e restante da RMF e cidades do Interior do Estado (Foto: Natinho Rodrigues)

O Ceará realiza neste mês formações sobre trabalho análogo à escravidão voltado a gestores públicos. A ação terá diferentes abordagens, dando ênfase aos recortes de raça, classe e gênero, além de focar na potencialização dos fluxos de atendimento destas redes.

A atividade é realizada pela coordenadoria de Direitos Humanos da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS).

O curso tem a carga horária de 20h/aula e será dividido em quatro encontros, sendo três on-line e um presencial, os profissionais dos municípios de Marco, Moraújo, Martinópole, Granja, Uruoca, Aquiraz, Caucaia, Itaitinga, Madalena, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha e Lavras da Mangabeira.

Dentre os temas abordados na capacitação estão conceito de trabalho escravo contemporâneo; trabalho doméstico; e interseccionalidade de classe, raça e gênero; atuação da fiscalização do trabalho e do Ministério Público do Trabalho (MPT); Sistema Único de Assistência Social (Suas) e atendimento a vítimas do trabalho escravo; fluxos de atendimento e aspectos psicossociais; construção da rede de atendimento local e ponto focal da política. Ao final do curso, os participantes receberão certificados de participação.

A titular da SPS, Onélia Santana, destaca que as formações são cruciais para levar um atendimento humanizado aos trabalhadores resgatados.

“Capacitar os profissionais da Capital e do interior para que atendam estes trabalhadores e trabalhadoras de forma humanizada e com atenção as especificidades de cada um é extremamente necessário, pois, a partir destas formações fortalecemos o diálogo e a relação que se estabelece entre os profissionais da assistência social e este público, que vai aos poucos adquirindo confiança e se sentindo cada vez mais confortável para procurar os nossos serviços e acessar seus direitos, bem como se inserir no mercado de trabalho de forma digna.”

AÇÃO INTEGRADA
O curso de formação para profissionais da Rede de Enfrentamento ao Trabalho Escravo foi organizado pela Coordenadoria de Políticas Públicas dos Direitos Humanos da SPS em parceria com o MPT-CE e com a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae/Ce).

As formações foram pensadas junto com a secretária-executiva da Coetrae, Luciana Rabelo, e a colaboradora da comissão, Aline Vitória Teixeira, que contribuíram bastante para a elaboração do curso.

“O enfrentamento ao trabalho escravo é fundamental para libertar os trabalhadores, prover assistências às vítimas e prevenir que retornem a situação de trabalho análoga à de escravo”, frisa a coordenadora de Políticas Públicas do Direitos Humanos da SPS, Nayane Stephane Antunes. A formação acontece entre os próximos dias 13 e 15.

 

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