Diante do cenário de possibilidade de diminuição no volume de chuvas no Ceará, o Governo do Estado instituiu a formação do Comitê Integrado de Segurança Hídrica. Segundo o Executivo estadual, o grupo, que será formado por nove órgãos estaduais, vai coordenar atividades e ações a serem desenvolvidas no enfrentamento dos efeitos do fenômeno climático El Niño. O governador Elmano de Freitas (PT) já chegou a afirmar que a previsão é de poucas chuvas para os meses de fevereiro, março e abril, os três primeiros da quadra chuvosa. Conforme o Executivo, o grupo terá as seguintes atribuições:
- Monitorar as previsões climáticas visando antecipar ações;
- Indicar obras e serviços voltados a garantir a segurança hídrica;
- Acompanhar, fiscalizar e avaliar a prestação da assistência oferecida às populações atingidas pela escassez;
- Articular as ações preventivas junto a órgãos federais e municipais.
Segundo o secretário dos Recursos Hídricos, Robério Monteiro, a iniciativa vai contribuir para que o Estado possa “enfrentar com sabedoria e cautela” o período de poucas chuvas. A expectativa, conforme o titular da pasta, é de que nenhum município cearense fique sem abastecimento.
O Comitê será composto pelos seguintes órgãos: Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH); Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh); Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra); Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme); Secretaria das Cidades (SCidades); Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece); Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS); Defesa Civil do Estado do Ceara; e a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece).
IMPACTOS DO EL NIÑO
Para este ano, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e demais órgãos ligados aos recursos hídricos têm apontado para a preocupação com os impactos que o El Niño pode ter no Ceará. Segundo o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, a instituição “não possui boas notícias para a população do campo”.
O governador Elmano de Freitas (PT) apresentou, em Brasília, o plano de ação do Estado para o combate à seca ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) na última segunda-feira (8). Conforme o chefe do Executivo, dentre os temas de destaque estão a instalação de cisternas, suporte forrageiro para o gado, regularização fundiária e aumento da produtividade e renda das famílias de campo.