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18 de abril de 2025

Ceará confirma primeiro caso de varíola dos macacos em crianças, mostra IntegraSUS

Os dados com a confirmação constam na plataforma gerida pela Secretaria da Saúde, consultada pelo OPINIÃO CE às 16h14 desta quinta-feira, 8
Imagem de microscópio mostra vírus causador da varíola do macaco — Foto: Cynthia S. Goldsmith, Russell Regner/CDC via AP

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O Ceará confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos (Monkeypox) em crianças, segundo a Plataforma IntegraSUS, gerida pela Secretaria da Saúde (Sesa) do Estado e consultada pelo OPINIÃO CE às 16h14 desta quinta-feira, 8. De acordo com a Sesa, trata-se de uma criança do sexo feminino, entre 0 e 9 anos, residente em Fortaleza e que apresenta sintomas de fraqueza, dor de cabeça, dor de garganta, erupção cutânea, lesão oral e náusea. Conforme o IntegraSUS, outra criança na mesma faixa etária está entre os casos “prováveis”.

No geral, o Ceará tem 99 casos confirmados da doença. No início da semana, na segunda-feira, 5, haviam 72 casos confirmados – ou seja, houve um aumento de 37.5% nas confirmações em três dias. Segundo o IntegraSUS, a maioria dos pacientes é composta por homens (93), com outras seis mulheres – incluindo a criança entre os casos confirmados. A maioria tem idade entre 30 e 39 anos. Os principais sintomas observados são erupção cutânea, febre, lesão na genitália, crescimento de um ou mais linfonodos e dor de cabeça.

O Estado tem outros 29 casos classificados como “prováveis” e 366 “suspeitos”. Das 804 notificações até o momento, 364 foram descartadas. Dos casos confirmados, 82% são de pacientes residentes na cidade de Fortaleza (82). Os demais estão em Caucaia (3), Maracanaú (2), Russas (2), Sobral (2), Barbalha (1), Eusébio (1), Itaitinga (1), Jijoca de Jericoacoara (1), Pacajus (1) e Massapê. Outros dois casos são considerados originários de “outros estados”.

  • Caso suspeito: quando o indivíduo apresenta lesões na pele sugestivas à doença e/ou proctite e/ou inchaço peniano;
  • Caso provável: é um caso suspeito em que não há exame laboratorial ou com resultado inconclusivo, mas que não pode ser descartado em função dos sintomas ou de exposição do paciente à doença.
Imagem: Reprodução/IntegraSUS

Plano de Controle

Em agosto último, a Sesa apresentou um plano de controle da doença no Ceará e anunciou a criação de um Comitê de Operações Especiais (COE) da Monkeypox, que se reunirá semanalmente para discutir ações e estratégias de prevenção e controle da varíola dos macacos.

Também começou a ser disponibilizado, na última sexta-feira, 19, no IntegraSUS, um painel com o cenário da doença – semelhante ao que acontece com a covid-19. A secretária afirmou, ainda, na oportunidade, que não há previsão para chegada da vacina contra a doença, mas que estão monitorando a situação junto ao Ministério da Saúde. “Nós estamos aguardando, não temos prazo ainda, mas aguardamos com muita ansiedade a chegada dessa vacina”, disse Sarah.

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