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7 de dezembro de 2024

CE finaliza 1º mês da quadra chuvosa de 2023 com melhor reserva hídrica em 10 anos

O Estado tem, atualmente, 31,2% de abastecimento nos 157 monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)
Foto: Cogerh/Divulgação

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O Ceará fecha fevereiro, primeiro mês da quadra chuvosa, que segue até maio, com a melhor reserva hídrica dos últimos 10 anos. Segundo dados consultados pelo OPINIÃO CE nesta terça-feira, 28, no Portal Hidrológico da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), o Estado tem 31,2% de abastecimento nos 157 monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Apenas em 2013, para este intervalo (28 de fevereiro), a reserva hídrica no Ceará era maior (42% nos 147 reservatórios monitorados à época).

Além disso, atualmente, segundo o Portal Hidrológico, o Estado tem cinco açudes sangrando (Muquém, Valério, Germinal, Tijuquinha e Rosário) e outros cinco na iminência de ultrapassar a lâmina máxima (Caldeirões, Curral Velho, Itapajé, Aracoiaba e Ubaldinho). Em 2013, o Estado não contabilizava nenhum reservatório sangrando em 28 de fevereiro.

CONFIRA ABAIXO A SÉRIE HISTÓRICA:

  • 2023: 31,2% (5 sangrando; 68 abaixo dos 30%) – 157 reservatórios
  • 2022: 21,1% (1 sangrando, 76 abaixo dos 30%)
  • 2021: 24,3% (1 sangrando, 63 abaixo dos 30%)
  • 2020: 15,7% (10 sangrando, 91 abaixo dos 30%) 153 açudes
  • 2019: 11,1% (5 sangrando, 101 abaixo dos 30%)
  • 2018: 7,6% (2 sangrando, 116 abaixo dos 30%)
  • 2017: 6,5% (1 sangrando, 135 abaixo dos 30%)
  • 2016: 11,5% (1 sangrando, 131 abaixo dos 30%)
  • 2015: 17,6% (1 sangrando, 132 abaixo dos 30%)
  • 2014: 27,7% (0 sangrando, 117 abaixo dos 30%)
  • 2013: 42% (0 sangrando, 86 abaixo dos 30%) – 147 reservatórios

CHUVAS

A recarga observada neste ano reflete as boas chuvas de 2023 e a quadra chuvosa acima da média do último ano. Para ter ideia, o Estado iniciou o ano com 31,4% de recarga. Já em 1º de janeiro de 2022, o Ceará contabiliza reserva de 20,6%. Neste ano, as chuvas ficaram acima da média em janeiro (14,9%) e, em fevereiro, se mantiveram dentro da normalidade, com média de 116,6 mm precipitados, segundo dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Para o próximo trimestre (março a maio), o prognóstico é de 40% de chance de chuvas acima da média. Porém, as precipitações devem ser mais irregulares no tempo e no espaço, o que pode dificultar o abastecimento hídrico.

PRINCIPAIS AÇUDES

Quando falamos dos principais açudes do Ceará, a situação também vem melhorando. Dois dos três maiores (Castanhão e Orós) registraram bons aportes no último ano e suas reservas hídricas mais que dobraram se comparado ao mesmo período do ano passado. O Castanhão, por exemplo, principal reservatório do Estado e que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza, está com 19,59% de recarga – em 2022, eram 8,36%.

O Orós, no Centro-Sul, por sua vez, tem a melhor situação entre os três, com volume de 45,89% frente a 22,42%, observados em 2022.

  • Castanhão: 19,59% (2023) – 8,36% (2022)
  • Orós: 45,89% (2023) – 22,42% (2022)
  • Banabuiú: 8,97% (2023) – 8,07% (2022)

Na outra ponta, o terceiro açude com maior capacidade hídrica do Ceará não teve o aporte desejado. Em fevereiro de 2022, o Banabuiú registrou uma reserva de 124,16 hm³, o que representava 8,9% de sua capacidade. Atualmente, o mesmo açude se encontra com 8,97%, um total de 137,64 hm³.

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