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11 de setembro de 2024

CBF repudia uso da camisa da seleção brasileira em atos antidemocráticos

Antes da Copa do Mundo, a CBF tentou afastar o simbolismo político da camisa da seleção brasileira. Nos últimos anos, a identidade da amarelinha ficou muito associada aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
© Lucas Figueiredo/CBF/Direitos Reservados

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou uma mensagem nas redes sociais nesta segunda-feira, 9, condenando o uso da camisa da seleção em atos antidemocráticos. Apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro, muitos vestindo o uniforme do Brasil, depredaram e invadiram prédios públicos pedindo intervenção federal no último domingo, 8.

“A camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo. É para torcer, vibrar e amar o país. A CBF é uma entidade apartidária e democrática. Estimulamos que a camisa seja usada para unir e não para separar os brasileiros. A entidade repudia veementemente que a nossa camisa seja usada em atos antidemocráticos e de vandalismo”, escreveu a entidade.

Antes da Copa do Mundo, a CBF tentou afastar o simbolismo político da camisa da seleção brasileira. Nos últimos anos, a identidade da amarelinha ficou muito associada aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial do ano passado.

“Todos podem se sentir bem com a camisa da seleção”, resumiu o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em novembro do ano passado, antes do Mundial.

Os ataques de golpistas bolsonaristas neste domingo contra as sedes dos três Poderes da República, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, também ecoaram no universo do futebol. Jogadores conhecidos pelo seu engajamento político, com Juninho Pernambucano, Neto e o atacante Paulinho, foram às redes sociais para condenar a atuação dos vândalos na capital federal.

Apoiador declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Juninho Pernambucano criticou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (PL), pelo vídeo em que se desculpa pelos atos de violência no Planalto, Congresso e STF. “Desculpa é o cara***. Queremos que TODOS vocês passem pelo crivo da lei, só isso”, escreveu o ídolo do Vasco.

A publicação de Juninho foi reforçada pelo ex-jogador e apresentador Neto. De maneira ríspida, o ídolo do Corinthians também rechaçou as justificativas de Ibaneis. “Desculpa a pu** que p****”.

O atacante Paulinho, ex-Bayer Leverkusen e recém-contratado pelo Atlético-MG, também se manifestou por meio das redes sociais. Medalhista de ouro na Olimpíada de Tóquio, o atleta pediu punição aos infratores, marcando na publicação o presidente Lula, de quem também é apoiador. “Inadmissível o que aconteceu hoje em Brasília. Que todos esses golpistas sejam punidos!”, publicou.

Nenhum clube, entre os principais que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, se manifestou. Notórios apoiadores de Jair Bolsonaro, como Felipe Melo e Neymar, também não se pronunciaram.

Com agências

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