Voltar ao topo

13 de maio de 2025

Cassação do mandato de Sergio Moro é rejeitada por unanimidade no TSE

Corte eleitoral rejeitou recursos do PL e do PT por falta de prova de uso irregular de recurso partidário
cassacao-de-mandato-de-sergio-moro-e-rejeitada-por-unanimidade-no-tse
Recursos do PL e do PT contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná foram negados. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Compartilhar:

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, nesta terça-feira (21), a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. A corte eleitoral rejeitou os recursos do PL e do PT por falta de prova de uso irregular de recurso partidário, por parte do senador. Moro foi acusado pelos partidos de realizar gastos irregulares no período de pré-campanha. Decisão cabe recurso.

Ao julgar os recursos, o TSE seguiu voto proferido pelo relator, ministro Floriano de Azevedo Marques, para quem não há prova convincente de desvio de recursos partidários. O ministro considerou gastos irregulares de R$ 777 mil, mas entendeu que não ficou comprovada tentativa de fraudar a candidatura. Além disso, o relator ponderou que não há regra objetiva para gastos de pré-campanha. 

“Para caracterizar uma conduta fraudulenta ou desvio de finalidade, aptos a atrair a severa sanção de cassação de mandato e de inelegibilidade, é preciso mais que indícios, é preciso haver prova robusta”, afirmou o ministro.

Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.

Votaram contra a cassação do mandato de Sergio Moro: 

  • André Ramos Tavares, Nunes Marques, Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Cármen Lúcia e o presidente, Alexandre de Moraes. 

Segundo o vice-procurador eleitoral, Alexandre Espinosa, não há regras específicas para restrição de pré-campanhas.  “Não há prova segura a cogitar de uma candidatura simulada à presidência da República”, afirmou.

DEFESA

De acordo com a defesa do senador, as acusações foram “infladas” pelos partidos e nenhum deles apontou valor correto para acusar o senador. Segundo o advogado, não há legislação que defina critérios para gastos de pré-campanha. “Não há parâmetros, não há jurisprudência, não há doutrina. Por isso, cada um que atua nesse caso aponta um número. Não há base, não há parâmetro”, argumentou.

DENÚNCIA

Ao realizar atos de pré-candidatura à Presidência da República em 2021, o PL e o PL alegam que houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar o Podemos e se candidatar ao Senado pelo partido União Brasil.

Para o Ministério Público (MP), foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões, oriundos do Fundo Partidário, com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.

Com informações da Agência Brasil.

[ Mais notícias ]