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6 de novembro de 2024

Carnaval chega com Fortaleza em queda da 3ª onda de covid-19

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Mesmo com números apontando redução da pandemia na Capital, folia ainda acende alerta sobre cuidados, que devem ser mantidos

Ingrid Campos
ingrid.campos@opiniaoce.com.br

Boletim foi divulgado pela SMS no início da semana que se encerra neste sábado, 26 (Foto: Natinho Rodrigues)

Na semana anterior ao Carnaval, boletim epidemiológico firmou tendência significativa de queda da terceira onda de covid-19 na Capital. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) na última terça-feira, 22, a “nova estabilidade da curva” se expressa na média móvel de casos que, atualmente, é de 48,6, número 70 vezes menor que o registrado em 19 de janeiro, 3.424, quando a Cidade alcançou o pico de transmissão.

Duas semanas depois, em 5 de fevereiro, essa média móvel já era de 469,9 casos, indicando queda “consistente e rápida”, como afirmou a SMS, nos índices da pandemia na capital cearense. Mesmo com esse ciclo epidêmico “próximo do fim” após “um aumento explosivo, característico das regiões onde a ômicron se estabeleceu”, o Carnaval deve ser um período de cuidados.

Isto porque os aumentos nos números da doença desde o início da pandemia tiveram relação, entre outros fatores, com festividades de datas comemorativas, como o Natal e o Ano Novo. Para tentar barrar uma piora no cenário epidemiológico, o Ceará cancelou toda a programação pública de Carnaval, mantendo apenas eventos privados, mas com limite de público de 500 pessoas em locais abertos e com exigência de passaporte sanitário.

A determinação foi feita em decreto estadual que vale para todos os municípios cearenses. A mesma medida adotaram mais de 500 cidades Brasil afora, segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Outras mais de mil proibiram as festas públicas e privadas. Mesmo com o alerta sobre a pandemia mantido, o cenário da crise epidemiológica é menos grave que o observado nos anos anteriores.

O padrão de mortalidade em Fortaleza no começo de 2022, no pico da terceira onda, mostra isso. “Entre 14 e 20 de fevereiro, a média móvel estimada foi de 2,7. Este valor é, preliminarmente, menor do que o registrado duas semanas atrás (queda de 80% da média também reflete retardo das notificações recentes).

O pico da média móvel de óbitos, ainda passível de revisão, ocorreu no dia 23 de janeiro (22,1 mortes)”, informou o boletim, completando que a tendência atual é de declínio do número de óbitos a cada 24 horas. A secretaria ainda mostrou que a variante ômicron causou casos graves, sim, mas principalmente, em não vacinados e em idosos com comorbidades e sem a dose de reforço.

O aumento da mortalidade, no entanto, foi interrompido. A restrição cada vez maior de públicos vulneráveis à Covid-19 deve-se ao aumento da cobertura vacinal a nível nacional e municipal. Em todo o País, há mais de 84% da população acima de 12 anos imunizada com as duas doses ou dose única da vacina. Já em Fortaleza, mais de 90% têm o esquema de imunização completo.

“Até a última quarta-feira, 23, foram aplicadas 5.212.696 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 2.323.485 de primeira dose, 2.032.198 de segunda dose e 857.013 de terceira dose. Do total de primeiras doses, 117.918 foram aplicadas em crianças de 5 a 11 anos”, informou a Prefeitura.

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