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7 de dezembro de 2024

Capitão Wagner anuncia que vai fazer campanha para o presidente Jair Bolsonaro no 2º turno

Mencionando Ciro Gomes (PDT), Wagner diz que ex-presidenciável deu série de motivos para não voltar ao 'retrocesso' de gestões petistas
Capitão Wagner (União Brasil) declara apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para o segundo turno das eleições de 2022. Imagem: Reprodução

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Na noite desta segunda-feira, 3, Capitão Wagner (União Brasil), declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que disputa o cargo no segundo turno. Em transmissão ao vivo com a esposa eleita para o cargo de deputada federal, Dayany Bittencourt (UB), o ex-candidato ao Governo do Ceará vestiu uma camisa da seleção brasileira para fazer o anúncio.

“Amor, posso fazer a dancinha?” diz Dayany que, na sequência, canta o jingle com o número de Bolsonaro. Questionada por Wagner sobre o voto, ela responde: “Bolsonaro. Eu votei primeiro turno e vou votar segundo turno”.

Na recente campanha pelo Governo do Ceará, Capitão Wagner, evitou declarar qualquer forma de apoio ao chefe do Executivo. A justificativa era de legalidade, de que o partido dele tinha Soraya Thronicke na disputa presidencial.

Na live desta segunda, ele declarou que vai circular pelo estado em campanha por Bolsonaro no segundo turno.

“A gente vai viajar o Ceará todo aí, vamos viabilizar material de campanha, fazer uma campanha bonita, sem agredir ninguém, como foi no primeiro turno”, afirmou.

A justificativa é dar continuidade a política econômica impetrada pela atual governo federal.

“A gente precisa, sem dúvida nenhuma, ter continuidade nessa política econômica que reduziu o desemprego. A gente precisa continuar com o Auxílio Brasil de R$ 600 reais para salvar as pessoas mais carentes, a gente precisa da conclusão da obra do cinturão das águas que dispõe de recursos federais também, melhorar as estradas federais”, mencionou.

Confira a publicação:

 

No vídeo, o líder do União Brasil no estado também parabeniza Carmelo Neto (PL) e André Fernandes (PL), ambos eleitos como mais votados para deputado estadual e federal, respectivamente. Ele disse esperar que o resultado do Partido Liberal ajude a viabilizar mais votos para Bolsonaro no estado.

Wagner ainda menciona o ex-presidenciável pelo PDT Ciro Gomes, de quem é adversário político no Ceará.

Segundo o deputado federal, o ex-ministro “deu uma série de motivos para que a gente não volte ao retrocesso, não volte ao passado, pra que a gente não volte aos escândalos de corrupção do passado”.

Na campanha de primeiro turno, o pedetista se colocou como contraponto a polarização entre Bolsonaro e Lula, mas fez ataques mais duros ao ex-presidente petista. Ciro chegou a ser acusado pela esquerda de atuar como ‘braço’ político da campanha do atual mandatário.

Wagner diz que vai fazer o que puder para que “o Brasil continue com prosperidade, com economia pujante”, e pede reflexão dos eleitores de Ciro Gomes sobre os alertas do ex-presidenciável”.

Declaração vem após derrota

Wagner começou a corrida pelo Palácio da Abolição liderando todas as pesquisas de intenção de voto, mas foi derrotado ainda em primeiro turno por Elmano de Freitas (PT), que venceu com mais de 53% dos votos. Após o resultado, no domingo, 2, o deputado federal atribuiu a vitória petista a ‘onda Lula’ e desejou que o governador eleito se preparasse nos últimos três meses do ano para ocupar o cargo.

“É preocupante ter alguém gerindo o Estado que não se preparou pra isso. Espero que, nesses 3 meses finais do ano, ele possa se preparar e fazer uma grande gestão. Até porque torcer contra o governador é torcer contra o Ceará e eu não faço isso jamais”, disse o deputado federal no domingo.

Nesta terça-feira, 4, Elmano respondeu a declaração do adversário e ironizou a declaração de apoio dele a Bolsonaro no segundo turno.

“Eu acho que (essa declaração de apoio) vai pesar para o Wagner, porque ele passou a campanha inteira dizendo que não tinha presidente e escondendo que era Bolsonaro. Quero inclusive parabenizá-lo, porque ele enfim assumiu que o candidato dele era Jair Bolsonaro”, disse, durante entrevista à Rádio O Povo CBN.

Sobre a vitória e a atribuição de Capitão Wagner a onda Lula, o petista eleito no Ceará rebateu: “Acho que a frase dele é efeito da tontura, porque ele ficou tonto com a derrota que levou no 1º turno”.

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