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16 de outubro de 2024

Candidato à presidência do Equador é assassinado a 11 dias das eleições

Na quinta posição da corrida eleitoral, Fernando Villavicencio era jornalista e crítico da corrupção e do crime organizado no país
Foto: Mason Jarvi/Reuters

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O candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi assassinado na noite desta quarta-feira, 9, atingido por três disparos de arma de fogo na cabeça em saída de um evento da campanha eleitoral. O presidenciável era jornalista, e crítico da corrupção e do crime organizado no país. A morte ocorreu há 11 dias das eleições presidenciais.

Com 7,5% de apoio nas pesquisas, o candidato estava em quinto lugar na corrida eleitoral. Villavicencio já havia sido condenado a 18 meses de prisão por difamação e críticas feitas ao ex-presidente Rafael Correa (2007-2017). Ele fugiu para um território indígena no Equador, tendo mais tarde recebido asilo no Peru, antes de regressar ao seu país depois de Correa ter deixado o cargo. Atualmente, deslocava-se com proteção policial.

Segundo informações não oficiais, há relatos de 30 tiros. Há ainda o registo de mais nove feridos. De acordo com as autoridades, o suspeito do ataque também morreu. Conforme o ministro do Interior, Juan Zapata, o ataque foi feito por assassinos contratados.

ESTADO DE EMERGÊNCIA

Ainda na quarta, o presidente do país sul-americano, Guillermo Lasso, decretou estado de emergência durante 60 dias no Equador. Foram decretados, ainda, três dias de luto nacional.

Em mensagem à nação, após reunião do Gabinete de Segurança do Estado, Lasso afirmou que vai manter a data das eleições gerais extraordinárias, agendadas para 20 de agosto, mas que serão destacados militares para garantir a segurança dos eleitores.

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