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19 de abril de 2025

Campanha ganha clima de batalha entre Nordeste, Sul e Sudeste

A pauta da campanha eleitoral se assemelha ao pensamento e narrativa de Wilton Bezerra, que fui buscar para justificar o que escrevo, hoje, neste espaço

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O Brasil não tem povo, tem população. A frase é do jornalista Wilton Bezerra, inspirada na do escritor Lima Barreto. Famoso comentarista esportivo do Sistema Verdes Mares e um dos geniais contadores de histórias e contistas do país. A frase de Wilton remete ao desprezo que o brasileiro tem pelo próprio Brasil. “O que é público é para ser destruído”, diz o comentarista, para explicar a depredação das praças, parques, abrigos de ônibus, escolas, creches e iluminação pública.

A pauta da campanha eleitoral se assemelha ao pensamento e narrativa de Wilton Bezerra, que fui buscar para justificar o que escrevo, hoje, neste espaço. É triste, mas é verdadeiro: o Brasil tem a campanha mais despropositada da sua história. Dois candidatos vazios, dos quais conhecemos o legado.

A discussão é sobre roubalheira, armas, crimes contra o Erário. O segundo turno agravou ainda mais a melancólica campanha. Alguns jornalistas, a imprensa paulista, carioca, do Centro-Oeste e do Rio Grande do Sul estão colocando a disputa eleitoral como uma batalha entre os famintos por dinheiro do Nordeste contra o Brasil que trabalha e produz. Nós não merecemos isso. O nordestino trabalha, produz e sobrevive no maior semiárido do mundo, com a força da inteligência e a motivação imposta pelos desafios socioeconômicos e ambientais.

Qualquer que seja o vencedor, o Nordeste será ainda maior que a politicagem que cometem, com discursos baseados no Auxílio Brasil de R$ 600. O Rio de Janeiro e São Paulo, juntos, têm mais beneficiários do que o Nordeste. O auxílio também é pago a irmãos de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e aos gaúchos. Wilton Bezerra tem razão: não somos um povo, somos uma população.

“Voltaremos a nos unir”, diz Sérgio Aguiar

Os deputados Romeu Aldigueri e Sérgio Aguiar eram os dois deputados do PDT presentes à sessão de retomada da Assembleia Legislativa do Ceará, após a eleição de 2 de outubro. Eram aliados e se tornaram inimigos. Aldigueri apoiou Elmano e Sérgio Aguiar foi, até o final, com Roberto Cláudio. Aguiar acredita que, com o tempo, todos estarão lado a lado. “São 16 anos juntos.”

Augusta Brito: “vamos governar para os pobres”

Eleita 1ª suplente do senador Camilo Santana (PT), a deputada Augusta Brito, disse, na Assembleia Legislativa, que todas as propostas de governo colocadas pelo governador eleito, Elmano de Freitas, serão cumpridas. “Vamos governar para os pobres”, afirmou. Augusta Brito anunciou que a prioridade, agora, é eleger Lula presidente.

Izolda ajuda Elmano

Na visita que fez ao presidente da Federação da Agricultura, Amílcar Silveira, a governadora Izolda Cela pôde sentir a mágoa do agronegócio com o Governo do Ceará por não participar dos projetos da Secretaria de Desenvolvimento Agrário. Izolda disse que pretende pacificar o problema. Vai conversar com Elmano.

Yury do Paredão, a única voz do Cariri na Câmara

O deputado federal eleito, Yury do Paredão, nasceu em Juazeiro do Norte. É uma liderança no meio cultural. Ele atua como empresário do setor musical. Há dois anos, com seu prestígio, elegeu a irmã vereadora em Juazeiro do Norte. No domingo, 2, realizou o sonho de ser deputado federal. Será a única voz em defesa do Cariri na Câmara dos Deputados. Aos 34 anos, vai se juntar a outros jovens como Matheus Noronha, Júnior Mano, Domingos Neto, Célio Studart e André Fernandes.

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