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18 de setembro de 2024

Camilo tem agenda intensa como senador antes de reassumir o MEC

O ex-governador do Ceará foi exonerado do cargo para que pudesse participar da votação que reconduziu o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado
Foto: Reprodução/Twitter

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Camilo Santana (PT) participou, nesta quinta-feira, 2, de votação na Casa para escolha da Mesa Diretora. Ao todo, foram 66 votos “sim”, 12 “não” e duas abstenções. Nesta semana, o ex-governador do Ceará foi exonerado do cargo de ministro da Educação (MEC) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que pudesse participar do pleito desta quarta-feira, 1º, que reconduziu o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado.

Assumiu temporariamente a pasta a secretária-executiva do MEC, Izolda Cela (sem partido), que reassume a função após retorno de Camilo. “Participei nesta manhã da sessão em que foi realizada a votação dos demais componentes da Mesa do Senado para os próximos dois anos, além do presidente Rodrigo Pacheco, eleito ontem [1º]. Desejo sorte e ótimo trabalho aos senadores que irão compor a Mesa, e a todos os parlamentares desta 57ª Legislatura“, escreveu Camilo no Twitter.

Durante a posse como senador, nesta quarta, Camilo foi acompanhado por diversas autoridades públicas cearenses, como o governador Elmano de Freitas (PT), o senador Cid Gomes (PDT), o suplente de Cid, Julio Ventura (Republicanos), Chiquinho Feitosa (PSDB), então suplente do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), e o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante.

Após as votações no Senado, Camilo volta a ocupar o Ministério da Educação. Fica no cargo a ex-deputada estadual Augusta Brito (PT), 1ª suplente, que tomou posse nesta quinta-feira. “Vou assumir esse desafio porque nós somos um grupo político que está sendo liderado pelo maior líder, que eu considero hoje, do nosso Ceará, que é o ministro senador Camilo Santana. E eu faço parte desse grupo, fico feliz de poder contribuir positivamente“, destacou Augusta, nesta quarta-feira, na posse dos novos deputados estaduais cearenses.

“Dentro do Senado, a gente vai estar fazendo o máximo para representar o nosso Estado. Para que todos aqui, um dia, possam dizer que sou uma senadora que está dando orgulho ao nosso Ceará.”

Composição da Mesa

A composição da nova Mesa Diretora escolhida nesta quinta-feira considera a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentare. Por meio de um acordo, no entanto, a bancada do PT abriu mão da disputa pela 1ª vice-presidência da Casa, que continuará com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Com a desistência de Wilder Morais (PL-GO), o senador Rodrigo Cunha (União Brasil-AL) garantiu a vaga da 2ª vice-presidência. Os vice-presidentes são responsáveis por substituir, nessa ordem, o presidente nas suas faltas ou impedimentos, assumindo as mesmas atribuições definidas à Presidência do Senado, como convocar e presidir as sessões do Senado Federak.

Secretários

Rogério Carvalho (PT-SE), que ocupava o cargo de 3º secretário, assume a 1ª secretaria, responsável pela condução administrativa da Casa. Compete ao 1º secretário rubricar a listagem especial com o resultado de votação promovida por meio do sistema eletrônico, fazer a leitura em Plenário da correspondência oficial recebida pelo Senado e de todos os documentos que façam parte do expediente da sessão. O 3º secretário também assina e recebe a correspondência do Senado.

A 2ª secretaria ficou a cargo do senador Weverton (PDT-MA), que até então estava à frente da 4ª secretaria. Chico Rodrigues (PSB-RR) e Styvenson Valentim (Podemos-RN) ficaram com as 3ª e 4ª secretarias, respectivamente.

Participação feminina

A procuradora especial da mulher do Senado, Leila Barros (PDT-DF), criticou, durante a sessão, o fato de mais uma vez não haver uma mulher na Mesa do Senado, mesmo diante de uma bancada feminina de 15 parlamentares na Casa, número considerado histórico. “Venho reiterar aqui a ausência de uma figura feminina na Mesa do Senado Federal. Peço apenas a reflexão de todos os senadores, dos líderes dos partidos, porque sei que são os ritos da Casa, mas ainda seguimos com uma grande dificuldade de entendimento desta Casa quanto à participação das mulheres dentro dos processos de decisão aqui”, disse.

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