O governador Camilo Santana (PT) parou um pouco, meditou. Era visível sua emoção, antes de inaugurar a Faculdade de Medicina da Universidade Regional do Cariri (Urca), algo que sempre defendeu na sua vida pública.
As lágrimas, Camilo não deixou que se percebesse, mas seu comportamento demonstrava o quanto estava tomado pela emoção.
Logo de início, quebrou o protocolo, ao saudar a plateia e o prefeito do Crato, Zé Ailton Brasil (PT), deixando para trás autoridades que o acompanham, como a vice- governadora Izolda Cela (PDT), o presidente da Assembleia, Evandro Leitão (PDT) e uma legião de vereadores, prefeitos, deputados e lideranças políticas. Era perceptível o semblante do mandatário cearense.
Camilo está enfrentando uma maratona de inaugurações e assinaturas de ordens de serviço. O palco itinerante e sucessivos eventos festivos estavam deixando Camilo meio que robotizado. No Crato, o governador sentiu o peso do passado, do seu início de vida pública, onde sonhava em instalar cursos na área de saúde e agronomia. A terra rica do Cariri e água à vontade o estimulava. Camilo, também, lembrou de Barbalha, onde realizou um outro sonho: instalou o teleférico no Caldas, promessa feita ainda jovem.
O governante cearense está há 15 dias de deixar o cargo que ocupou por sete anos e três meses. Sóbrio, atravessou seguidas secas, crises políticas, como o impeachment de Dilma Roussef, crise econômica e a pandemia. Nunca reclamou. Trabalhou e venceu os desafios jamais enfrentados por antecessores.
A imprensa não percebeu os momentos de emoção vividos por Camilo na sua terra. “Estou inaugurando uma faculdade na terra em que nasci. Significa muito para mim, para a educação e o Cariri”, falou com a voz embargada. Os pessoal da comunicação queria saber sobre sua sucessão. Camilo, mais uma vez, desconversou. Ele queria dizer que cumpriu suas promessas onde nasceu e construiu sua vida pública.
Ao se tornar o melhor governador para o Cariri, Camilo cravou uma marca que o coloca como líder na região. O tempo não para. Camilo tem poucos dias para encerrar uma etapa importante na sua vida que foi governar o Ceará. Emoções estarão presentes na sua agenda e encontros mais reservados.
“Não sou candidato”
O médico Elias Leite deixou a Unimed e se dedica aos seus negócios como dirigente de hospital. Ficou famoso, gravando vídeos com boletins da pandemia de covid e a campanha “Vai Dar Certo”. Todos imaginavam que entraria na disputa eleitoral. “Não tenho filiação partidária e não sou candidato a nada”, declarou ao ser perguntando sobre o pretenso projeto.
Wagner sobre o União Brasil: “Meu nome vai para o TSE”
Perguntei para o deputado Capitão Wagner quando seu nome seria oficializado como presidente do União Brasil no Ceará. Resposta: “O União Brasil está encaminhando ao TSE”. Wagner falou como presidente do partido no Ceará e disse que outros farão aliança.
