O ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), está vivendo uma nova fase na sua vitoriosa carreira na vida pública. O senador eleito em 2022 comanda o ministério que financia e mantém creches e os ensinos Fundamental, Médio e Superior, o que engloba cerca de 50 milhões de estudantes e professores espalhados pelo Brasil. O orçamento do MEC para 2023 é de R$ 147,4 bilhões, o segundo maior do governo Lula (PT), atrás apenas do orçamento do Ministério da Saúde.
Questionado pelo OPINIÃO CE em evento ocorrido na última sexta-feira, 4, em Baturité, onde foi homenageado, sobre um ‘bombardeio’ de críticas recebidas por ele e pelo governador Elmano de Freitas (PT) vindas da oposição na Assembleia Legislativa do Ceará, o ministro é enfático: “Minha preocupação tem sido de trabalhar pela educação, de servir ao povo brasileiro, sobre a liderança do presidente Lula. O povo cearense me conhece, sabe do meu comportamento, do meu trabalho ao longo de oito anos como governador e o meu foco agora tem sido ajudar o Brasil”, destaca.
As críticas são encabeçadas por deputados do União Brasil, PL e PDT. “Respeito [as críticas], mas minhas energias e o meu foco estão voltados para trabalhar. O povo dá a resposta nas urnas, como deu no ano passado. O povo reconhece o trabalho. A oposição é importante, mas uma oposição construtiva, colaborativa, que defenda os interesses do povo do Estado. É nessa oposição que eu acredito”, disse.
Questionado sobre uma possível reaproximação entre PT e PDT para as eleições municipais do próximo ano, Camilo despistou. “Estou muito focado no trabalho que o presidente [Lula] me confiou. O senador Cid [Gomes, presidente estadual do PDT] é um grande parceiro, um grande amigo. Vamos trabalhar para que a gente possa continuar ajudando ao povo cearense”, frisou.
PAC NA EDUÇÃO
Em entrevista ao OPINIÃO CE, Camilo ainda falou sobre prioridades do MEC já neste ano. “O Governo anterior [de Jair Bolsonaro, do PL] promoveu um desmonte no Ministério da Educação, destruiu a relação com educadores, com os municípios, estados, as universidades, as instituições de pesquisa e com as famílias”, diz Camilo, falando em reconstrução e reclamando do acontecido no Brasil, onde mais de um milhão de crianças, adolescentes e jovens abandonaram escolas e universidades.
Segundo ele, na próxima sexta-feira, 11, no Rio de Janeiro, o presidente Lula (PT) vai lançar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Educação. A ação visa recuperar e construir escolas de alta padrão para estimular o ensino em tempo integral. “Todos os governadores que investirem no ensino em tempo integral receberão o dinheiro, a partir de janeiro de 2023. Podem apresentar a fatura”, disse o ministro, ressaltando que tem pressa para estimular a escola onde o aluno permaneça mais tempo estudando, recebendo reforço, participando de atividades culturais e esportivas e fazendo cinco refeições.