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19 de abril de 2025

“Não houve qualquer conversa”, diz Camilo sobre ministério em eventual governo Lula

Ainda na pré-campanha, o petista foi acusado pelo ex-aliado Ciro Gomes de quebrar aliança com PDT no Ceará após ter recebido oferta de cargo de Lula

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O ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT) negou, nesta segunda-feira, 17, ter tido qualquer conversa com ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), novamente candidato à presidência da República, para assumir cargo no Governo Federal em caso de vitória do petista. “Não houve qualquer conversa sobre isso com o ex-presidente Lula e nem gosto de me antecipar a nada”, respondeu Santana em entrevista ao programa Conexão Assembleia, da TV Assembleia.

Ainda na pré-campanha, o ex-presidenciável pelo PDT, Ciro Gomes, chegou a se dizer traído por Camilo e acusou o ex-governador de ter quebrado a aliança entre os dois partidos no Ceará após a suposta oferta de Lula. Na conversa desta segunda-feira, Camilo ressaltou que é preciso eleger o correligionário primeiro e observar o novo Congresso formado por uma maioria conservadora e favorável ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

“Antes de tudo, Lula precisa ser eleito. Sei que depois que as eleições passam, todos temos que trabalhar pelo povo, independente do resultado desse segundo turno. Bolsonaro tem maioria no Congresso, mas o debate precisa existir, assim como uma oposição construtiva. O povo elegeu aquelas pessoas democraticamente e precisamos respeitá-las, com bom senso e diálogo, colocando de forma propositiva o que for melhor para o Brasil”, ponderou.

Sobre a aliança e a relação com pedetistas, Santana respondeu ser preciso dar tempo para “esses laços sejam retomados”, além de formar um base de apoio para o governo de Elmano de Freitas (PT), eleito para o Executivo cearense no 1º turno, ocorrido no último dia 2.

“Minha relação com o Cid [Gomes] se mantém a mesma. Sou muito grato pelo apoio que tive dele e sei que o PDT e o PT têm muito mais convergências que divergências. Vamos dar tempo ao tempo para que esses laços sejam retomados, principalmente para uma base forte para o governador Elmano trabalhar. Quanto às críticas, tivemos a resposta nas urnas, e sempre aceitei bem. Temos divergências, mas, acima de tudo, respeito. E o tempo irá cuidar dessas relações“, pontuou.

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