
Lulistas e correlatos lançaram uma campanha em resposta a ondas que ameaçam a política brasileira. É um “mutirão de vacinação contra fake news”. A ação criou um serviço em se pode denunciar “desinformação, mentiras e fake news” que, segundo os organizadores, “vêm cada vez mais inundando a Internet”.
A página é https://lula.com.br/verdadenarede. A preocupação acaba se aliando à da Justiça Eleitoral, que vem fazendo forte carga na mídia para conter facções criminosas que atuam sobretudo em redes sociais espalhando mentiras. E que causam estragos desde 2018.
Sequência
Nas contas petistas, “ao longo de 2021, o presidente Jair Bolsonaro mentiu oficialmente sete vezes ao dia (em um impressionante total de 2.516 mentiras no ano), e segue espalhando fake news. Uma das atividades favoritas de Bolsonaro e de seus apoiadores é disseminar mentiras sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Os bolsonaristas não se manifestaram para contestar os números.
Direitos sob risco
Independentemente de que lado tenha partido a iniciativa, deve-se observar que qualquer medida que crie barreiras contra a infecção das consciências por lorotas deve ser saudada com atenção. O que está em jogo, enfim, são os direitos do cidadão e a Democracia. Seria interessante que a proposta, estimulada pela Justiça, alcance todos os partidos e candidatos e, consequentemente, toda a sociedade. Afinal, os petistas focam mesmo é na figura de Lula, pouco ligando para Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos), Bolsonaro (PL) e qualquer outro que entre no páreo.
Mantra
Fala do deputado Acrísio Sena (PT) sobre a Fraport, empresa alemã que explora o aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza: “Queremos que respeite a história do povo cearense e devolva o nome de Pinto Martins ao aeroporto. O povo cearense merece respeito”. Assim que passou a controlar o equipamento, em 2017, a Fraport tratou logo de “desbatizar” o equipamento, “desomenageando” o aviador nascido em Camocim. Acrísio promete repetir a cobrança a cada pronunciamento que fizer na Assembleia.
E o bigode?
Por falta de coisa melhor para fazer, o deputado bolsominion André Fernandes atacou raivosamente a empresa Netflix e o humorista Fábio Porchat. A Imprensa até deu bola para ele. E conseguiu que o Ministério da Justiça assediasse a distribuidora sob a acusação de “estímulo à pedofilia”. Resta agora alguém cobrar à plataforma YouTube que remova vídeos em que o parlamentar ensina técnicas de depilação anal e simula o uso de drogas. Ou exija que o Twitter e o Google retirem fotos em que ele aparece com um bigode semelhante ao do ditador Adolf Hitler e fazendo a saudação nazista.