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9 de dezembro de 2024

Brasil tem 4 milhões de pessoas em áreas de risco; Fortaleza registra 22,3 mil famílias

A Defesa Civil considera área de risco todas aquelas que podem, através de sua vulnerabilidade, ameaçar a segurança dos moradores. O último balanço da Capital aponta 89 espaços nessa condição
Foto: Prefeitura de Fortaleza/Divulgação

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O Brasil tem cerca de 14 mil pontos de riscos altíssimos de desastre e 4 milhões de pessoas morando nessas áreas, segundo mapemanto da Defesa Civil Nacional. A informação foi divulgada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, nesta terça-feira, 21, em entrevista à Agência Brasil. Na capital cearense, a lista mais recente das áreas de risco elaborada pela Defesa Civil do Município contabiliza 89 espaços, afetando mais de 22,3 mil famílias.

Os números podem estar defasados, já que o último levantamento oficial é datado de 2012. A Defesa Civil considera área de risco todas aquelas que podem, através de sua vulnerabilidade, ameaçar a segurança dos moradores. Se considerado todo o Ceará, 70 das 184 cidades apresentam algum tipo de risco, conforme balanço do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Em caso de emergência, a Defesa Civil indica o telefone 190, da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS), para fazer denúncias e solicitações. Para o atendimento, a Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, celebrou convênio com o Governo do Estado do Ceará. A ligação é gratuita e de fácil acesso.

Brasil

Em entrevista, o ministro Waldez Góes falou que a Defesa Civil Nacional teve reuniões com autoridades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia após fortes chuvas em cidades paulistas. Segundo ele, o Brasil tem um sistema de Defesa Civil bem estruturado e organizado. “Temos uma comunicação vertical muito assertiva no que diz respeito estados e União”. Góes acredita que muitos municípios ainda precisarem se organizar mais.

“É bom a gente lembrar quem está lidando com informações. As pessoas, às vezes, tendem a querer acreditar que não vai acontecer [um desastre]. Então acabam ficando nas suas casas, ou se deslocando [para o local onde foi dado o alerta], como é o caso do litoral paulista norte, uma região belíssima, de turismo muito forte, sempre muito buscada nesses períodos”, afirmou.

O ministro lembrou que, além dos moradores, que são milhares de pessoas, parentes ou pessoas a trabalho ou a lazer, se deslocam para a região nesse período carnavalesco. “Então tudo isso ainda aumenta mais as possibilidades de risco serem ainda mais iminente”, avaliou.

“Tudo aquilo que for necessário reconstruir, tendo o plano de trabalho, o governo do presidente Lula [PT] autoriza a apoiar. Nós temos mais 1.300 municípios no Brasil com problema de situação de emergência já decretada e homologada pela Defesa Civil Nacional, e que têm recebido apoios mais distintos. Temos recursos. O que ocorre é que a gente precisa dos planos de trabalho”, explicou Góes.

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