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12 de setembro de 2024

Brasil estreia contra Canadá na AmeriCup de basquete masculino

Competição classifica para o Pan de Santiago e será disputada em Recife
Seleção Brasileira jogará em casa, em busca do quinto título da AmeriCup em sua história. Último título aconteceu em 2009. Foto: Washington Alves/COB

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Nesta sexta-feira, 2, o Brasil inicia a sua trajetória na AmeriCup, a Copa América de basquete masculino. Os jogos acontecerão no ginásio Geraldo Magalhães, o Geraldão, em Recife. A estreia está marcada para às 20h10, contra o Canadá.

Os brasileiros estão alocados no Grupo A, que além do Canadá, conta também com Colômbia e Uruguai, seleções que estão abrindo o campeonato, em partida iniciada às 13h40 desta sexta-feira. No sábado, 3, os comandados por Gustavo de Conti encaram os colombianos, também às 20h10, e encerram a campanha da fase de grupos na segunda-feira, 5, no mesmo horário, contra os uruguaios.

A competição conta com 12 equipes, divididas em três grupos, com quatro seleções em cada um deles. Os dois primeiros de cada grupo se classificam, além dos dois melhores terceiros colocados, fechando oito classificados para a fase seguinte, de mata-mata. As quartas de final estão marcadas para a próxima quinta-feira, 8, enquanto as semifinais estão reservadas para o sábado, 10. No domingo, 11, acontecerão a disputa de terceiro lugar, às 17h10, e a grande final, marcada para às 20h40. As sete melhores colocadas no torneio se classificarão para os Jogos Pan-Americano de Santiago, no Chile, que será realizado em 2023.

O Brasil já foi campeão da AmeriCup por quatro vezes, mas não conquista o torneio desde 2009, quando venceu Porto Rico, que era o anfitrião da edição, na final. Marcelinho Huertas, que é o atual capitão da seleção, e joga no Tenerife, da Espanha, fazia parte do elenco campeão pela última vez, que contava também com nomes como Marcelinho Machado, Leandrinho e Anderson Varejão (todos já aposentados). Em 2011, em torneio realizado na Argentina, os brasileiros foram vice-campeões, sendo derrotados pelos donos da casa.

Nas seguintes edições, a seleção brasileira fez campanhas fracas. Em 2013, na Venezuela, e em 2015, no México, o Brasil terminou em 9º, de 10 participantes. A última edição da Copa América aconteceu em 2017, na Argentina, Colômbia e Uruguai, e a seleção verde e amarela terminou em 10º, em um torneio de 12 times, com um grupo totalmente diferente do que tinha disputado a Olímpiada no Rio de Janeiro, um ano antes, e custou a vaga para o Pan de Lima, no Peru, que foi realizado em 2019, algo que nunca havia acontecido antes.

O Brasil já chega sob pressão para a disputa do torneio, além do péssimo histórico recente na competição, a seleção vem de três derrotas consecutivas nas eliminatórias para a Copa do Mundo, que será realizada no ano que vem, no Japão, nas Filipinas e na Indonésia. As derrotas foram para Colômbia, Porto Rico e México, as duas últimas pela segunda fase (que acumula os resultados da primeira). Os brasileiros estão em 3º lugar, no Grupo F das eliminatórias. Dos seis participantes em cada grupo, os três primeiros se classificam para o Mundial. Apenas o melhor 4º colocado, de um dos dois grupos, irá se classificar.

A relação dos jogadores convocados para representar o Brasil na AmeriCup foi divulgada na última quinta-feira, 1º. Apenas uma novidade em relação a equipe que foi derrotada pelo México, pelas eliminatórias, a convocação do ala/armador Vitor Benite, do Gran Canária, da Espanha, que estava sendo poupado devido a uma inflamação no pé direito.

“Sabemos de todas as dificuldades que vamos enfrentar, que o momento não é bom, mas que nosso grupo tem qualidade. E nada melhor do que um evento deste tamanho para nos recuperarmos. Será uma AmeriCup muito equilibrada, mas jogamos em casa, com apoio da torcida, e temos condições de fazer uma ótima competição”, disse Benite, em entrevista ao site da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

Os Estados Unidos, atuais campeões e maiores vencedores da AmeriCup, com sete títulos, são novamente os favoritos para vencer a competição. Os americanos estão no Grupo C, com México, Panamá e Venezuela, e tem um elenco composto por atletas, principalmente, da G-League, espécie de equipes reservas da NBA, onde os jogadores com menos espaço ou poucos aproveitados são escalados para jogar por franquias ligadas às equipes da principal competição de basquete do mundo. É o caso de Patrick McCaw, que atua pelo Delaware Blue Coats, afiliado ao Philadelphia 76ers, e já foi três vezes campeão da NBA, por Golden State Warrios, em 2017 e 2018, e Toronto Raptors, em 2019.

Outra seleção que desponta como uma das favoritas é a Argentina, bicampeã do torneio e vice-campeã na edição de 2017. Os argentinos terão nomes como Carlos Delfino, ala experiente, campeão olímpico nos Jogos de 2004, em Atenas, na Grécia, onde venceram o poderoso Estados Unidos na final, além dos armadores Facundo Campazzo e Nico Laprovittola, vice-campeões mundiais em 2019. Os hermanos, porém, tiveram uma mudança recente no seu comando, com o técnico Néston Garcia saindo para o novo treinador, o ex-jogador Pablo Prigioni, assumir o comando da seleção. A Argentina está no Grupo B, com Ilhas Virgens, Porto Rico e República Dominicana.

Os convocados do Brasil

Armadores: Yago Mateus (Ratio Ulm, da Alemanha), Marcelinho Huertas (Tenerife, da Espanha) e Rafa Luz (Andorra, da Espanha).

Alas/armadores: Georginho (Sesi Franca) e Vitor Benite (Gran Canária, da Espanha).

Alas: Didi Louzada (Portland Trail Blazers, dos Estados Unidos) e Léo Mendl (Urban Transylvania, da Romênia).

Alas/pivôs: Rafa Mineiro (Flamengo) e Lucas Dias (Sesi Franca).

Pivôs: Lucas Mariano (Sesi Franca), Augusto Lima (Unicaja Málaga, da Espanha) e Cristiano Felício (Granada, da Espanha).

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