A participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) no debate promovido pela Band, no próximo domingo, 28, depende da presença de seu maior adversário: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nos bastidores, a cúpula da campanha de Bolsonaro diz que ele só irá se Lula comparecer. Oficialmente, porém, a assessoria do presidente afirma que ele ainda avalia sua participação no debate e só tomará a decisão final na sexta-feira, 26, pois tudo vai depender do momento político.
A coordenação da campanha de Lula, por sua vez, diz que ele deve comparecer ao debate, organizado pela Band em pool com o jornal Folha de S.Paulo, o portal UOL, e a TV Cultura. O comitê petista nega informações dando conta de que o ex-presidente espera a repercussão de sua entrevista no Jornal Nacional, da TV Globo, nesta quinta-feira, 25, para tomar uma decisão.
“Não tenho nenhuma informação contrária. Creio que ele vai, sim”, disse ao Estadão o senador Jaques Wagner (PT-BA) ao ser perguntado sobre a participação de Lula no debate. Integrante da coordenação da campanha petista, Wagner negou que a sabatina na TV Globo será usada como parâmetro para uma decisão. “Essa hipótese é absurda. Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, criticou. O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, também disse que Lula deverá ir à Band. “Acredito que sim”, afirmou o ex-prefeito.
Apesar da sinalização de que Lula comparecerá ao debate, a assessoria de Bolsonaro afirmou que a participação dele ainda está indefinida. Será o primeiro encontro da campanha de 2022 com candidatos ao Palácio do Planalto. Se Bolsonaro e Lula comparecerem, os dois ficarão posicionados lado a lado. A ordem das cadeiras foi definida por sorteio. Caso algum candidato se ausente, a cadeira destinada a ele ficará vazia. O programa será transmitido a partir das 21 horas do domingo.
Estadão Conteúdo