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9 de outubro de 2024

Bolsonaro compara atentado a Cristina Kirchner com facada de 2018

“Eu lamento. É um risco que quase todo mundo corre. Eu quase morri em 2018. Não vi a esquerda se preocupando comigo, mas tudo bem", disse o presidente da República sobre a vice da Argentina
Foto: Agência Brasil

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta sexta-feira, 2, o atentado sofrido pela vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que foi alvo de um atentado em Buenos Aires. Um brasileiro armado se aproximou enquanto a política cumprimentava apoiadores e tentou disparar uma arma contra o rosto de Cristina. Um vídeo captou o momento e circulou nas redes sociais, sendo o assunto mais comentado no Twitter até a manhã desta sexta-feira, 2.

 

O governante comparou o ocorrido com a facada sofrida por ele em 2018. Bolsonaro disse lamentar a situação, mas que, quando a vítima era ele, não viu preocupação da esquerda. “Eu lamento. É um risco que quase todo mundo corre. Eu quase morri em 2018. Não vi a esquerda se preocupando comigo, mas tudo bem”, afirmou.

“Apesar de eu não ter nenhuma simpatia por ela, não desejo isso para ela. Nós temos coração, nós queremos o bem. Lamento o ocorrido. Espero que a apuração seja feita para ver se saiu da cabeça dele ou de alguém, porventura, tivesse contratado ele para fazer aquilo”, disse Bolsonaro durante agenda no município de Esteio, no Rio Grande do Sul.

Após o atentado ocorrido na noite de quinta, 1º,  os principais candidatos à Presidência do Brasil se manifestaram nas redes sociais. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiador do governo de Alberto Fernandéz e Kirchner, disse que ela  foi vítima de um “fascista criminoso”, e que a violência política na América do Sul “tem sido estimulada por alguns”.

“Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata do mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa”, escreveu Lula.

Ciro Gomes (PDT), afirmou que o crime por pouco não transformou em “chuva de sangue a nuvem de ódio que se espalha pelo continente”.

“Nossa solidariedade a esta mulher guerreira que com certeza não se intimidará”, afirmou nas redes sociais.

Segundo o pedetista, a situação é consequência do “radicalismo cego”.

“Polarizações odientas podem armar braços de loucos radicais ou de radicais loucos”, concluiu.

Simone Tebet (MDB) defendeu um “basta à violência política” e disse que as lideranças devem recriminar essas atitudes. A candidata pediu paz na política e nas eleições.

Soraya Thronicke (União Brasil) lamentou o crime e disse que não é exagero falar em segurança.

“Não podemos subestimar do que o ódio é capaz. Na campanha de 2018, usei colete a prova de balas e termino esta quinta lamentado o atentado”, escreveu.

Brasileiro com arma carregada

O homem acusado de ser o responsável pelo atentado contra a ex-presidente da Argentina foi identifica como Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos. A arma apontada contra a cabeça de Kirchner estava carregada com cinco balas, confirmou o presidente Alberto Fernandéz durante pronunciamento oficial.

Segundo informações da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles, Cristina ligou para Dilma nesta sexta e disse que a arma não funcionou da maneira correta porque o atirador estava nervoso durante a tentativa.

O homem que tentou assassinar Cristina Kirchner nasceu no Brasil e chegou ainda criança a Buenos Aires, em meados dos anos 1990. Nas redes sociais, ele mostrava uma tatuagem associada ao “Sol Negro”, símbolo que é frequentemente associado a neonazistas

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