Quando deixar o Palácio do Planalto no fim deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai assumir no Partido Liberal o cargo de presidente de honra da legenda. Nesta semana, a agremiação deve se manifestar de forma contundente sobre o destino do atual mandatário que deixa o governo após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tentativa de reeleição.
O cargo não foi criado agora. Antes de Bolsonaro, a vaga foi ocupado por José Alencar, político já falecido que foi vice de Lula nos dois primeiros mandatos presidenciais do petista.
O salário para o cargo ainda não foi divulgado, nem a origem dele, se virá de recursos do Fundo Partidário ou de doação. Mas, além desse valor ainda não especificado, Bolsonaro terá direito a cerca de R$ 40 mil com a junção das aposentadorias do Exército e da Câmara.
A ideia do PL é mantê-lo ativo em Brasília para preservar o eleitor conservador alinhado as pautas da direita bolsonarista, além do legado de 58 milhões votos obtidos no segundo turno. Bolsonaro vai integrar uma executiva formada por 21 membros.
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, deverá continuar liderando o partido. O anúncio sobre o futuro de Bolsonaro será feito em coletiva de imprensa marcada para a terça-feira, 8, em Brasília, segundo informações do portal Uol.
Com Bolsonaro, o PL conseguiu formar a maior bancada na Câmara dos Deputados, passando de 76 para 99 parlamentares eleitos. A sigla só está atrás da federação entre PT-PCdoB-PV, que terá 80 assentos na Casa (68 do PT, 6 do PCdoB e 6 do PV).
