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17 de abril de 2025

Bolsonarista mata petista a facadas após discussão sobre política no Mato Grosso

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou decapitar lulista após discussão política em local de trabalho
Homem apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) confessou ter assassinado colega de trabalho lulista após discussão sobre política no local de trabalho no Mato Grosso. Foto: Divulgação

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Rafael Silva Oliveira, de 24 anos, é suspeito de ter assassinado a facadas Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, na cidade de Confresa, no estado de Mato Grosso. O crime ocorreu após uma discussão política: Rafael é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e Benedito era eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo informações do delegado Vitor Oliveira, da Delegacia Civil de Confresa, a vítima foi atingida por 15 facadas  e um golpe de machado no pescoço.

De acordo com o delegado, que conversou com o portal UOL, os dois estavam sozinhos na casa da chácara onde trabalham. Em determinado momento, começaram a discutir sobre política.

“O lulista deu um soco no queixo do bolsonarista, que revidou. A vítima então pegou uma faca e partiu para cima do bolsonarista, que conseguiu tomar a faca e correu atrás dele. O lulista conseguiu correr, mas foi alcançado pelo suspeito e esfaqueado”, acrescentou o delegado.

De acordo com o boletim de ocorrência, Rafael confessou o crime e diz que “saiu de si”. Após as primeiras perfurações a faca, o bolsonarista tentou decapitar o colega de trabalho aplicando um golpe de machado na altura da garganta.

Segundo o documento, Rafael escondeu as armas do crime e fugiu. Mas foi autuado em flagrante pela Polícia Civil por homicídio duplamente qualificado com meio cruel.

O crime ocorreu na zona rural do município matogrossense e foi relatado por um outro funcionário do local. A faca e o machado foram encontram perto do corpo da vítima.

O delegado conta que Rafael procurou um hospital após fugir do local do crime, pois tinha um ferimento na mão.

Ainda segundo o boletim, o suspeito chegou a dizer que já havia encontrado o corpo da vítima na manhã seguinte ao crime, e que dois homens seriam responsáveis pelo homicídio e teriam conseguido escapar.

A polícia foi acionada após essa testemunha relatar o caso para a patroa, que acionou a Polícia Civil.

Rafael Oliveira trabalhava com serviços gerais na chácara há aproximadamente um mês. Ele foi preso em flagrante, mas teve detenção convertida em preventiva pelo juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes, da 3ª Vara da Comarca de Porto Alegre do Norte.

Na decisão, o magistrado apontou que “a intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie. Lado outro, verifica-se que a liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável”.

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