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22 de março de 2025

Ausência do Executivo em audiência sobre universidades estaduais é criticada

AL-CE

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Na segunda-feira, 27, a Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) realizou uma audiência pública para debater as demandas das universidades públicas estaduais. Foram convidados para o encontro representantes dos docentes e estudantes desses instituições e membros da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, além do próprio governo do Estado.

Representantes do Executivo, contudo, não compareceram nem mandaram substitutos. “É algo desrespeitoso com o Poder Legislativo e com as universidades estaduais. Lamentamos profundamente”, disse o deputado Heitor Férrer (UB), que conduziu os debates na ocasião. A audiência foi solicitada pelo presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Educação Superior da AL-CE, Osmar Baquit (PDT).

“Valorizar a educação pública não pode ser com discurso vazio. Tem que ser com recurso garantido, com investimento, concurso público, condições dignas de trabalho”, afirmou a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), professora Rivania Lúcia Moura de Assis.

“Algumas pautas já foram apresentadas às autoridades, e não houve solução”, destacou o presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade do Vale do Acaraú (Urca), Daniel Carneiro Mendes. Ele falou sobre as condições dos prédios da instituição, com problemas de infraestrutura no laboratório, pouca iluminação no campus, restaurante universitário fechado há cerca de quatro meses, residência universitária sem abrir seleção para receber estudantes e banheiros sem condições de uso.

Problemas semelhantes, além de defasagem de salários, foram relatados também por representantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).

“As três universidades (estaduais) estão hoje com denúncias no Ministério Público do Ceará de que burlaram a lei. De 365 vagas no concurso público, nós só estamos, dentro da Uece, com cinco vagas para pessoas negras e com quatro vagas para pessoas com deficiência”, relatou Virginia Márcia Assunção Viana, do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece).

Murilo Sérgio Julião, do Sindicato dos Docentes da UVA (Sinduva), informou, ainda, que o campus principal funciona em um terreno da diocese e que o Estado paga R$ 992 mil de aluguel por ano. Os outros campi, conforme Murilo, estão em lugares que foram cedidos, e alguns desses locais necessitam de reforma.

Também estiveram presentes na audiência pública representantes do Movimento Negro Unificado e do Grupo de Valorização Negra do Cariri.

Com informações da AL-CE

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