A atividade econômica avançou 0,1% em novembro em relação ao mês anterior, conforme indicou o Monitor do PIB-FGV, divulgado hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com o mesmo mês de 2021, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), ficou em 2%.
Em relação ao trimestre móvel encerrado em novembro de 2022, a economia cresceu 2,6%. Segundo a pesquisa, a estimativa em termos monetários é de que o acumulado do PIB até novembro de 2022, em valores correntes, é de R$ 8 trilhões 990 bilhões e 281 milhões.
A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, informou que o crescimento de 0,1% da economia em novembro é explicado pelo desempenho positivo da agropecuária e da indústria. Além disso, o setor de serviços, que tem mostrado tendência de desaceleração desde o segundo semestre, apresentou retração em novembro, após 6 meses consecutivos de taxas positivas.
“É importante destacar o desempenho deste setor, pois ele tem sido responsável por cerca de 80% do crescimento do PIB de 2022. Os juros elevados combinado com o alto índice de endividamento das famílias contribuíram para essa desaceleração dos serviços”, comentou Juliana.
Formação de capital
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que é a capacidade de investimentos, avançou 5,6% no trimestre móvel de setembro a novembro. Apesar de todos os segmentos da FBCF terem crescido, o principal responsável pelo desempenho foi o de máquinas e equipamentos com contribuição em torno de 70%.
“Tal como nos quatro trimestres móveis anteriores, o forte crescimento de máquinas e equipamentos importados explica a evolução do segmento de máquinas e equipamentos”, apontou a pesquisa.
Taxa de Investimento
A média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2000 é de 18%, mas a verificada desde janeiro de 2015 caiu para 16,6%. No entanto, a taxa de investimento em novembro de 2022 atingiu 19,9%, na série a valores correntes. “Este resultado apresenta uma taxa de investimento acima da taxa de investimento média mensal considerando o período desde 2000 e acima da taxa de investimento média considerando o período desde o 1º trimestre de 2015”, mostra a pesquisa.
As informações são da Agência Brasil.