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18 de maio de 2024

As consequências das grandes ausências

As decisões de Moraes, o Calvo, beiram uma espécie de "prendo e arrebento"

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De repente, de fininho, o ministro Alexandre de Moraes começou a arrefecer nos arrufos em suas falas, na desfaçatez contumaz de suas decisões monocráticas e guardou seu relógio viciado em determinar 48 horas para muita coisa ser esclarecida, talvez prevendo o dia 1° de maio com a presença de seu líder. As decisões de Moraes, o Calvo, beiram uma espécie de “prendo e arrebento” – frase lapidar do ex-presidente Figueiredo, dos tempos da ditadura, que disse também preferir cheiro de cavalo a cheiro de gente.

Mesmo afeito a frases cavalares, não se lhe deve negar a realização daquela profética, quando insistiram com ele, nos primórdios da abertura democrática, mas lenta e gradual, o reconhecimento do PT: “Vocês querem, então vou reconhecer ‘esse’ Sindicato Partido (PT), mas não esqueçam que um dia ‘esse’ partido chegará ao poder e lá estando, tudo fara para instituir O Comunismo”. E está aí o ministro Dino, assumido comunista, que confirma, bem como toda a sua legião. Quem tem a chave do cofre e está sentado nas poltronas novas do Palácio da Primeira dama também pode quase impor cumplicidade e subserviência por meio de achaques, como as ofertas de ministérios, até da escovação de dentes e outros que tais.

Todo esse longo introito, digamos assim, para evidenciar a “presença” esmagadora das grandes ausências silenciosas nas comemorações do Dia do Trabalhador — quando Centrais, movimentos populares e manifestantes DEVERIAM ter ido às ruas lembrar pautas trabalhistas, mas neste ano, principalmente neste ano pós-eleições nervosas, o próprio partido deve ter ficado em casa comendo picanha e bebendo cerveja, tendo faltado às falas roucas do Chefe. Para as festividades de comemoração, tão amplamente divulgadas e que seria um momento mais que oportuno para mostrar força, união e simpatia do partido, mesmo com a presença do Cacique, foi um fiasco!

O Soldado de Chumbo, ainda sobrevivente (por enquanto) ao calor do maçarico impiedoso de seu maior desafeto, Alexandre, o Calvo, dias antes, deu de lambuja na quantidade de manifestantes em Copacabana, ao lado de sua linda, simpática e ungida mulher, Michele! A meia dúzia de gatos-pingados do dia 1°, no pequeno espaço de estacionamento da Neo Química Arena incomodou a muita gente, além de todos os ministros que elevaram o Eleito à condição de descondenado, desagradou, incomodou e quiçá comprometeu as pretensões de Boulos, o Invasor das propriedades alheias, para receber as bençãos de seu protetor.

Criatura e Criador ficaram vexados e com sorrisos amarelos. O “Captain Underpants”, também conhecido pelo pseudônimo de “Pirate Parrow”, não apareceu para fazer pose no ombro do Eleito. As consequências dos pesados silêncios e ausências desse 1° de maio ainda nem começaram.

Redação OPINIÃO CE

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