A necessidade é a mãe da invenção, já dizia Platão, o filósofo grego. Pois, então. No período conhecido como Paleolítico Superior ou da Glaciação, o homem teve que pensar para sobreviver. Para se proteger do frio intenso, o homem passou a interferir e modificar o ambiente e, assim, enfrentar melhor as condições naturais. Viver em cavernas ou construir abrigos, utilizou-se da pele de animais para produzir vestimentas e se aquecer, aprimorou as técnicas para a construção de instrumentos de pedra, conheceu o fogo e inventou armas – arpões, anzóis e punhais de chifre. Produzindo o fogo e manipulando o ferro, criou e aprimorou suas armas também para outro propósito, a guerra.
De fato, esses instrumentos, serviam-lhe à sua manutenção e não para a guerra ou a sua destruição. Um machado, uma foice, uma faca e, mesmo, uma espingarda tem algum propósito de caça, quer dizer, de um tipo de sobrevivência para o homem. Mas, para que serve uma granada, uma metralhadora, revólver, pistola e fuzil? Todos sabem a resposta: matar seres humanos. Nos Estados Unidos com frequência, as mídias noticiam a violência com armas de fogo – estudantes invadindo escolas, matando outros alunos e professores.
Ex-combatentes, outros por motivos diversos, invadem e atiram em bares, lojas, Universidades etc e tal. Recentemente, um atirador matou sete pessoas durante uma parada no dia 4 de julho na cidade de Highland Park no Estado de Illinois. Na quarta, dia 6, um procurador explicou que o assassino pode responder por dezenas de crimes. Solução: o cárcere. Não à toa, segundo o sr. google, “os Estados Unidos têm a maior população carcerária do planeta, tanto em população total (mais de 2 milhões), quanto em taxa de presos por grupo de 100 mil habitantes (629 presos a cada 100 mil).
No Brasil, essa taxa é de 322 presos por 100 mil pessoas”. Sem que haja a liberação das armas, o Brasil já, já se aproxima da população carcerária dos EUA. Por outro lado, no Japão onde o acesso a armas é dificultado, a violência armada é praticamente nula. O assassinato, dia 6, do ex-premiê, Shinzo Abe por arma de fabricação caseira estarreceu os japoneses. Também pudera, a taxa de homicídios por arma de 2006 a 2020 pode ser arredondada para 0,25. Segundo a Agência de Polícia Nacional do Japão ao longo de todo o ano passado, aconteceram dez incidentes com armas de fogo e apenas um deles deixou uma pessoa morta. Vixe! No mesmo ano, no Brasil, 50 mil pessoas foram mortas. Para que mesmo liberar as armas no Brasil? Não seria melhor investir em escolas, na educação!