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15 de outubro de 2024

Arena Castelão acumula problemas no gramado, infraestrutura e apagões

Em 2021, estádio foi o que recebeu mais partidas no Brasil, atingindo 83 jogos. Top 3 foi completado por Maracanã e Mineirão, que receberam 68 e 67 partidas, respectivamente

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A Arena Castelão, reformada para a Copa do Mundo de 2014 e palco de seis jogos no Mundial, passa por uma série de problemas na temporada atual. A praça esportiva tem em seu histórico reclamações sobre o gramado, problemas na infraestrutura e apagões.

Em 2021, o estádio foi o que recebeu mais partidas no Brasil, atingindo a marca de 83 jogos. O top 3 foi completado por Maracanã e Mineirão, estádios tradicionais, que receberam 68 e 67 partidas, respectivamente. Neste ano, a Arena Castelão também é quem mais recebeu jogos, já são 50 partidas disputadas no estádio cearense. O excesso de jogos na praça esportiva é reflexo do sucesso atual do futebol cearense.

Com Ceará e Fortaleza vivendo o auge simultaneamente, ampliando o seu calendário de jogos a cada temporada e a impossibilidade de uso de outro estádio, já que o Presidente Vargas, estádio que poderia ser a alternativa mais viável para os clubes, estava passando por reformas após ser usado como hospital de campanha no combate ao covid-19 e também pelo fato do estádio possuir capacidade para apenas 20 mil pessoas, os dois clubes já possuem mais de 40 mil sócio-torcedores, o que impossibilitaria mandar as partidas no estádio.

O gramado é o principal alvo das reclamações tanto dos clubes cearenses, quanto dos visitantes que vêm jogar na Arena Castelão, pelo menos duas vezes por temporada, já que têm que enfrentar as duas equipes.

No início do ano, o gramado passou por um processo de revitalização, que durou sete dias, recebendo os seguintes serviços: poda (rebaixo do corte de preparação para corte vertical), corte vertical drástico (limpeza da grama e eliminação de palha e excesso de grama para estimular o desenvolvimento de raiz e novas folhas), descompactação (aeração com vazadores sólidos no solo compactado que retarda o desenvolvimento da grama), topdressing (cobertura de areia para nivelamento do solo) e adubação (aplicação de produto especializado para a incorporação de nutrientes para impulsionar o desenvolvimento da grama para novas folhas).

Sendo duramente criticado todo o ano, e desde a temporada passada, o Governo apresentou uma proposta de reforma imediata para o gramado, que não foi aceita pelos clubes, pelos motivos já citados acima, de capacidade da torcida, por exemplo. Além disso, o estádio precisaria passar cerca de quatro meses fechado para jogos.
Em maio, torcedores presentes no estádio fizeram vídeos que mostravam problemas na infraestrutura, como infiltrações, rachaduras na arquibancada e ferros à mostra.

A Secretaria do Esporte e Juventude (Sejuv), na época, garantiu que os defeitos não trariam riscos aos presentes na Arena Castelão e que seriam enviados técnicos para avaliação dos pontos mostrados nos vídeos e que seriam encaminhados para o conserto. Por último, os apagões.

Já são três registrados na praça esportiva somente este ano. Em abril, na final da Copa do Nordeste, disputada por Fortaleza e Sport, as luzes se apagaram aos 44 minutos do 2º tempo. Porém, a escuridão durou apenas três minutos e logo em seguida foi restabelecida a Fortaleza e Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro.

O estádio ficou sem energia também aos 44 minutos do 2º tempo e, dessa vez, não houve retorno para o fim da partida, sendo encerrada por 0 a 0, como estava quando faltou energia. Foi identificada uma explosão de um poste de energia que fica do lado de fora do estádio, e consequentemente, causou um problema na subestação do estádio.

Após o apagão e devido ao longo período sem energia, membros de torcidas organizadas do Fortaleza entraram em conflito, causando cenas de barbárie no estádio, que foram registradas em vídeos, que viralizaram nas redes sociais. Também foram contabilizadas 62 cadeiras quebradas durante o apagão, causando um prejuízo de R$ 28 mil para o Leão.

O caso mais recente aconteceu na última terça-feira, 19, quando o jogo entre Ceará e Avaí, também pelo Campeonato Brasileiro, estava marcado para iniciar às 21h30 e começou somente às 22h20, após 50 minutos esperando a energia se restabelecer.

Enquanto os clubes se aqueciam para iniciar a partida, parte da iluminação se apagou, causando uma espera de 15 minutos. Nesse período, ao invés das luzes que caíram serem retomadas, mais holofotes acabaram se desligando, causando uma espera de quase uma hora nos torcedores que estavam presentes no estádio.

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