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5 de dezembro de 2023

Rádio opinião

Após ser citado em CPI na AL-CE, Capitão Wagner rebate: “fins eleitorais”

Nesta terça-feira, 5, a CPI recebeu o primeiro depoente, o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Barbosa Araújo.
Foto: Reprodução/Facebook

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O pré-candidato ao Governo do Estado pelo bloco de oposição e presidente estadual do União Brasil no Ceará, deputado federal Capitão Wagner, rebateu críticas sofridas durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa do Estado para investigar supostas condutas irregulares de associações militares. Nesta terça-feira, 5, a CPI recebeu o primeiro depoente, o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Barbosa Araújo.

Na ocasião, o relator da Comissão, deputado Elmano Freitas (PT), disse que a APS “é uma pessoa jurídica que é braço de um grupo político-partidário comandado por Wagner”. Horas após, a assessoria parlamentar do deputado, licenciado do cargo, encaminhou nota à reportagem em que afirma que os trabalhos da CPI têm fins eleitorais. “O eleitor não é bobo e o cearense é mais inteligente do que eles pensam e, também por isso, não caem mais nesse jogo antigo e retrógrado de quem quer desviar a atenção do que realmente importa, que são os problemas que nós cearenses enfrentamos todos os dias”, disse.

“Causa estranheza que, mesmo com os graves problemas que o Ceará enfrenta, como ter mais de 5 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza, ser o segundo Estado mais violento do país, ter o maior número de perda de vidas por Covid da região Nordeste, a Assembleia Legislativa feche os olhos para o sofrimento dos cearenses e passe a trabalhar pelo interesse político dos responsáveis por esses resultados negativos”.

Wagner também presidiu a APS entre os anos de 2013 e 2014. Durante reunião da Comissão Parlamentar, nesta terça-feira, os deputados questionaram o atual presidente da instituição sobre a relação com o pré-candidato ao Governo. Ele negou relação da instituição com partidos políticos e envolvimento com finalidades eleitorais. Em nota enviada à reportagem, Wagner destaca que, quando presidente da APS, modificou o estatuto da entidade para “que nenhum deputado estadual e federal faça parte de sua diretoria, justamente para evitar que a Associação fosse utilizada para fins políticos”.

O parlamentar finaliza dizendo que tomará as medidas judiciais cabíveis para “não permitir ilações que sejam utilizadas para criar falsas narrativas” que envolvam o seu nome.

CPI

A CPI recebe os primeiros depoentes nesta semana após fase em que se dedicou a colher informações. O depoimento de hoje atendeu requerimentos dos deputados Soldado Noelio (União Brasil) e Elmano Freitas. Em entrevista ao OPINIÃO CE, na última semana, o petista afirmou ver indícios de que entidades tenham colaborado com a realização do motim da PM, em 2020, o que é crime dentro da legislação militar. “Pelo que estamos analisando, há indícios de que efetivamente houve colaboração por parte de alguma entidade para realização de motim”, destacou Elmano.

“Mas, evidentemente, pode ser que tenhamos uma interpretação diferente a partir de um esclarecimento da informação”.

Nesta quarta-feira, 6, é aguardado o vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro (União Brasil), que já presidiu APS. Em nota enviada à reportagem, o parlamentar afirmou comparecerá à reunião. “É com muita tranquilidade que recebemos esse convite, inclusive desde quando a CPI foi iniciada na Casa já nos colocamos à disposição, através do deputado Soldado Noelio”. 

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