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25 de março de 2025

Após quatro sangrarem, açude Pacajus está na iminência chegar à capacidade total

Apesar dos bons resultados, maioria dos reservatórios, incluindo os maiores, como o Castanhão, segue com volumes abaixo do ideal
Foto Divulgação/Governo do Estado

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Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o Ceará já conta com quatro açudes sangrando por conta das chuvas que banham o Estado no início de janeiro. Até o momento, o Germinal, o Tijuquinha, o Caldeirões e o Rosário, já passaram do volume de água que comportam e transbordaram. O de Pacajus está na iminência.

Apesar dos bons resultados, a maioria dos reservatórios, incluindo os maiores, como o Castanhão, segue com volumes abaixo do ideal. A Coergh ainda monitora 157 açudes passíveis de transbordar em 2023. Informações da Cogerh apontam que o primeiro açude a sangrar foi o Germinal, localizado no município de Palmácia, Região do Maciço de Baturité do Ceará. Ele atingiu o limite da capacidade ainda no dia 6 deste mês. O reservatório Germinal tem capacidade para mais de 2.1 milhões de metros cúbicos de água.

A barragem foi construída em 2017 para evitar alagamentos em áreas de risco em Fortaleza. O governo estuda também utilizar a água do Cocó para abastecer a região. Em Baturité, o açude Tijuquinha foi o segundo do Ceará a sangrar neste ano. O transbordamento foi registrado na manhã da última sexta-feira, 20.

O açude Tijuquinha auxilia na liberação de água para usuários de irrigação do vale do Acaraú e reforça o abastecimento de comunidades rurais que ficam próximas do reservatório. A capacidade dele é de 0.48 milhões de metros cúbicos.

O terceiro reservatório a atingir a marca de 100% de sua capacidade foi o açude Caldeirões, no município de Saboeiro, na Região do Sertão Central e Inhamuns. O transbordamento foi registrado um dia após o do açude Tijuquinha, no sábado, 21. Segundo o órgão, que monitora o curso dos transbordamentos, a água agora segue pelo Rio Jaguaribe com destino ao açude Orós, segundo maior reservatório do Ceará.

No trecho que faz parte do açude Caldeirões existem mais seis barragens menores, cuja expectativa é de que recebam a água originada da sangria. A capacidade do açude chega a 1.24 milhões de metros cúbicos. O último açude cujo sangramento foi registrado foi o do Rosário, que fica em Lavras da Mangabeira, na Região do Cariri. O transbordamento aconteceu na manhã da última segunda-feira, 23.

O reservatório está localizado no distrito de Quitaiús, na bacia hidrográfica do Salgado. Os açudes de Aracoiaba e de Muquém também estão próximos de sangrar, e registram mais de 90% da sua capacidade máxima. Apesar dos sangramentos, a quadra chuvosa no Ceará ainda não começou oficialmente. Por isso, os principais açudes do estado ainda estão com baixos volumes de água armazenados.

O Castanhão, maior do Estado, tem atualmente 19,48% do total. O Orós, segundo maior, está com 43,36% e o Banabuiú, na sequência, com 9,07%. Além disso, 69 reservatórios têm volume inferior a 30%. Ao todo, 157 açudes são monitorados pela Companhia; juntos, eles estão com 30,9% da capacidade total.

 

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