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4 de outubro de 2024

Após Jefferson ser barrado, PTB formaliza “Padre” como candidato à Presidência

Kelmon Luís se diz ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil, segundo colunista
Padre Kelton celebra missas e batismos na Bahia e ganhou notoriedade em grupos conservadores graças ao discurso contra a esquerda. (Foto: Divulgação/PTB)

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O PTB formalizou neste sábado, 3, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de registro de Padre Kelmon como candidato à Presidência.

Antes vice do ex-deputado Roberto Jefferson, o Padre assume a posição após o ex-parlamentar ter a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (STF).

O pastor Luiz Cláudio Gamonal será o candidato à vice pela chapa.

“Padre”

Kelmon Luís da Silva Souza, tem 45 anos e se diz ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil, segundo informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Padre Kelton, como será identificado o baiano nas urnas, escolheu para as urnas uma foto em que veste uma bata preta e carrega um crucifixo. Ele celebra missas e batismos na Bahia e ganhou notoriedade em grupos conservadores graças ao discurso contra a esquerda.

Uma matéria do Brasil de Fato de 2021 já havia falado sobre o falso padre. Na publicação, ele é descrito como o “terror dos quilombolas” por ter tentando construir uma capela numa área de proteção ambiental da comunidade de Bananeiras, na Baía de Todos-os-Santos, além de promover retiros que levavam pessoas de fora para dentro da comunidade.

Nas redes sociais, Kelmon afirma que nunca imaginou ser candidato à Presidência, mas que “missão dada é missão cumprida”.

“Missão dada é missão cumprida. Eu nunca poderia imaginar uma coisa dessas na minha vida. Eu, um simples padre de uma ilha (maré) esquecida, hoje candidato a Presidência da República do Brasil. É impressionante o que Deus faz conosco”, escreveu o candidato.

O religioso afirmou que sua candidatura representa uma defesa da “cultura judaico cristã” ameaçada pelas ideologias de esquerda.

Roberto Jefferson teve a candidatura barrada pelo STF em decorrência da Lei da Ficha Limpa, que o torna inelegível até o ano que vem. Condenado por participação no esquema do mensalão, o ex-deputado já cumpriu pena, mas cumpre atualmente prisão domiciliar em razão de ataques e ameaças contra ministros da Corte.

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