Aos 26 anos, Adriana tem 28 jogos pela Seleção Brasileira feminina de futebol. Não é uma das jogadoras com mais idade ou jogos com a amarelinha, mas já veste a camiseta há quase cinco anos. É experiente.
Lesões em momentos cruciais a deixaram fora de competições importantes, como as últimas Copa do Mundo (2019) e Olimpíada (2021). A Copa América deste ano, na Colômbia, é o primeiro torneio oficial que a jogadora do Corinthians disputa representando o Brasil. A estreia, no último sábado (9), foi a melhor possível: dois gols na vitória por 4×0 sobre a Argentina, no estádio Centenário, na cidade de Armenia.
Adriana foi escalada pela técnica Pia Sundhage aberta pela direita, com Kerolin à esquerda e Angelina e Ary Borges pelo centro do meio-campo. As ausências da volante Luana e da meia Duda Francelino – que testaram positivo para covid-19 antes da viagem à Colômbia – tornaram-na opção natural para sair jogando. A treinadora ainda teve um problema de última hora com Geyse, diagnosticada com o coronavírus em exames realizados na Colômbia. Liberada para resolver questões pessoais, Debinha chegou em Armenia apenas no sábado. Com isso, Gio foi a novidade no ataque.
Vestindo a camisa 11, Adriana fez jus à aposta de Pia. Foi dela o primeiro gol da noite, completando um cruzamento rasteiro de Tamires, pela esquerda, após passe de Bia Zaneratto, aos 27 minutos da etapa inicial. A atacante, aliás, foi quem fez o segundo gol das brasileiras, nove minutos depois, cobrando pênalti cometido nela mesma pela zagueira Linda Bravo.
Na etapa final, já caindo mais pelo lado esquerdo do campo, Adriana foi lançada por Bia Zaneratto, driblou a goleira Vanina Correa e mandou para as redes. Um golaço, que Debinha repetiu aos 41, com passe da meia Duda Sampaio, estreante da noite. Após o apito final, a jogadora do Corinthians – que finalizou a partida compondo o setor central do meio-campo – ainda foi escolhida pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) como a melhor em campo.
Brasil x Uruguai
O Brasil volta a jogar pela Copa América nesta terça-feira (12), às 18h (horário de Brasília), novamente em Armenia, contra o Uruguai, dando sequência ao Grupo B. Com Debinha em condição de iniciar a partida como titular e Luana e Duda Francelino novamente à disposição, cumprido o período de isolamento pós-covid, Adriana tem a atuação diante das argentinas como trunfo para seguir na equipe.
Próximas adversárias das brasileiras, as uruguaias estrearam com derrota – 1×0- para a Venezuela no outro jogo de sábado, que abriu o Grupo B, também no estádio Centenário. A atacante Deyna Castellanos marcou um golaço de falta, no ângulo, para dar a vitória às venezuelanas, que somam os mesmos três pontos do Brasil, mas ficam atrás pelo saldo de gols. O Peru é o outro integrante da chave e ainda estreará na competição. Os dois primeiros colocados se classificam para as semifinais.
AGÊNCIA BRASIL