Em assembleia, empregados da Eletronuclear aprovaram uma greve por 24h para a próxima terça, 30, por um impasse no Acordo Coletivo do Trabalho (ACT). Conforme o coordenador do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Emanuel Mendes, na segunda-feira, um dia antes da greve, haverá uma reunião com o presidente da estatal, Leonam Guimarães.
“Queremos que o presidente (Guimarães) se envolva nas negociações que agora estão feitas com a Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) , já que a ENBPar ainda não tem estrutura”, afirmou Mendes, se referindo à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, que foi criada para substituir a Eletrobras no controle da usina hidrelétrica binacional de Itaipu e da Eletronuclear.
Ainda de acordo com o coordenador do CNE, foi proposto um valor de 80% do IPCA para reajustes dos salários e benefícios, mas a assembleia rejeitou.
A Eletrobras, privatizada em junho, homologou no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na semana passada, um acordo coletivo garantindo a reposição de 100% do IPCA. Segundo Mendes, o ACT da Eletronuclear passou a ser discutido com o governo via Sest, por já haver a separação da holding. “A ENBPar, que deveria fazer essa negociação, ainda não tem pessoal, nem sede, não tem estrutura para negociar”, afirmou.
Na última sexta, 26, a Eletronuclear informou a renovação da licença de instalação da usina nuclear Angra 3, e que o processo de concretagem do edifício do reator nuclear seria iniciado em setembro. A obra, que se iniciou na década de 1980, já foi adiada por vários anos e se espera que entre em operação em fevereiro de 2028, se não houver atrasos.