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25 de março de 2025

APA Berçários da Vida Marinha, em Icapuí, é contemplada com projeto do Governo Federal

Área contemplada é um dos locais de reprodução e alimentação do peixe-boi marinho.
A área também é responsável pela proteção do peixe-boi marinho. Foto: Sema

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A Área de Proteção Ambiental (APA) Berçários da Vida Marinha, no município Icapuí, será contemplada com recursos do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar) — a segunda Unidade de Conservação estadual. Esta iniciativa do Governo Federal foi criada e implementada para promover a conservação da biodiversidade marinha e costeira.

Sob a gestão da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), a UC submeteu a proposta a partir da Célula de Diversidade Biológica (Cedib), da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/Sema). O projeto foi aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

De acordo com a técnica da Sema, Andréa Moreira, a participação do GEF Mar será importante no planejamento anual Operativo (POA) para 2024, onde estão aprovados a elaboração do Plano de Manejo da UC, a aquisição de bens e equipamentos e o apoio a formação do Conselho Gestor da APA.

“O GEF-Mar busca apoiar a criação e implementação de um Sistema de Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (AMCPs) no Brasil a fim de reduzir a perda de biodiversidade marinha e costeira”, explica Andrea.

Berçários da Vida Marinha

A APA Berçários da Vida Marinha foi criada, em 2022, com o objetivo de proteger as aves limícolas (as que se alimentam de pequenos invertebrados que vivem no lodo) e os locais de reprodução e alimentação do peixe-boi marinho. Além disso, busca garantir a sobrevivência da flora e a proteção de animais terrestres e marinhos da região e a redução dos efeitos das mudanças climáticas. Sua área total é de 13.230,52 ha.

“A vida costeira e marinha é intensa ali. Além do peixe-boi, é o berçário de tartarugas marinhas e aves como o maçarico-do-papo-vermelho. Todas são espécies ameaçadas”, descreve Andrea.

Na APA Berçários da Vida Marinha são permitidas a realização de atividades econômicas tradicionais sustentáveis da região, como pesca e extrativismo; a conservação da cultura dos povos da região e atividades turísticas voltadas à efetivação do turismo comunitário e sustentável.

Outras regiões

Outras áreas marinhas e costeiras protegidas, em outras regiões do Brasil, também estão recebendo o apoio financeiro do GEF-Mar. São elas: a UC federal, Reserva Extrativista (RESEX) Baia do Iguape; e as UCs estaduais, APA de Santa Cruz, em Pernambuco; APA Naufrágio Queimado, na Paraíba; APA Reentrâncias Maranhenses, no Maranhão; e APA Tinharé Boipeba, na Bahia. No Ceará, o Parque Estadual Marinho Risca da Pedra do Meio, foi a primeira área protegida a ser contemplada com recursos do GEF-Mar.

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