Na última segunda-feira, 19, foi aprovada uma nova resolução normativa, que consta a medida em que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu, no rol de procedimentos que devem ter cobertura garantida pelos planos de saúde privados, o teste para diagnóstico da varíola dos macacos.

Internacionalmente conhecida como monkeypox, a doença é endêmica em algumas regiões da África e devido a sua disseminação por vários países, desde maio, se tornou uma preocupação sanitária a nível mundial. No Brasil, segundo dados atualizados na manhã desta terça-feira, 20, pelo Ministério da Saúd, foram registrados 7.019 casos e duas mortes.

De acordo com a resolução normativa, os beneficiários que apresentarem indicação médica deverão ter seus testes cobertos pelos planos de saúde. O exame é realizado através de amostras de fluidos coletados de lesões que se manifestam na pele, usando um cotonete estéril (swab). As análises são feitas para detecção do vírus causador da doença.

Segundo nota divulgada pela ANS, a inclusão do teste é parte do processo de revisão do rol, que já sofreu 12 alterações em 2022, garantindo a cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos. As alterações no processo de atualização foram aprovadas no ano passado. Antes disso, a lista era atualizada a cada 2 anos. Após a mudança, as análises passaram a ser de forma contínua pela área técnica da ANS, que utiliza critérios variados como os benefícios clínicos comprovados, o alinhamento às políticas nacionais de saúde e a relação entre efetividade e custo.

A nota também cita que “A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo”.