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18 de março de 2025

Ancestralidade e resistência: seminário discute a cultura popular tradicional no Ceará

Com participação de grupos de cultura popular e Mestres da Cultura, evento acontece entre 16 e 26 de maio
Mestra Maria de Tiê e Mestre Cacique João. Foto: Jarbas Oliveira/Dario Gabriel/Secult

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Em busca de discutir a cultura popular tradicional no Estado, a 13ª edição do festival Folgança ocorre entre 16 e 26 de maio. Com o tema “Folgar, dançar e cantar como práticas de cura necessárias na contemporaneidade”, o evento reúne palestras, rodas de conversa e oficinas gratuitas com a participação de grupos de cultura popular e mestres da cultura. Os interessados devem se inscrever até quarta-feira (15), através de formulário eletrônico.

A programação do evento inicia nesta quinta-feira (16), às 19h, com a palestra “Dançar como prática de cura necessária na contemporaneidade”, ministrada pelo professor doutor do IFCE, Emmanuel Alves Carneiro. “Além das formações, o seminário é uma oportunidade cultural de promover um grande encontro entre os grupos de projeção folclórica, que se dedicam a estudar as matrizes, gestualidades e estética tradicionais”, afirma a diretora do Grupo MiraIra, Lourdes Macena.

A mesa “A dança no Quilombo: sentidos, significados e relações de ancestralidade (s)” abrirá os trabalhos na sexta-feira (17), a partir das 14h, e conta com a participação da Mestra Maria de Tiê, do Quilombo de Porteiras, e da dançarina angolana Bombo Zua. Na sequência, às 16h, a mesa “A dança do Torém quando dançada pelo branco – Reflexões” traz o Mestre Cacique João Venâncio, do povo Tremembé de Almofala, e Antônia Kanindé, do povo Kanindé de Aratuba.

Entre sexta-feira (17) e sábado (18), acontecem as Oficinas de Danças Tradicionais, explorando toda a diversidade e potencial da linguagem da dança. Os participantes aprenderam técnicas da dança do Quilombo dos Souzas de Porteiras, no Ceará, bem como as do Pará e de Angola, além de abordar o tema “Danças tradicionais em criações docentes”.

O FESTIVAL

Consolidado no calendário cultural do Estado, o Encontro dos Grupos da Cultura Popular, Folgança, surgiu em busca de valorizar e fortalecer as culturas populares regionais como alternativa à preservação das culturas tradicionais. O festival defende a diversidade e a coletividade e propõe o verdadeiro e benéfico significado da palavra universalização: o eterno reencontro dos seres humanos e suas aldeias com as suas raízes universais.

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