É bem provável que o interesse do resto do mundo, além das fronteiras e espaços beligerantes detonados pela confusão mental do ”tovarishch” (leia-se tavarish), que significa camarada, em russo, mas que aceita como tradução “companheiro” Putin, está se esvaindo. Não que a guerra e as suas matanças tenham diminuído o ritmo. No terreiro da refrega, novos corpos de mortos e feridos continuam se amontoando e os números são confusos. As verdades de cada lado também são confusas e os números das perdas são controversos.
Putin não tem muito o que fazer com as peitadas da Finlândia e da Suécia, que passaram a vestir, oficiosamente, o uniforme da seleção Top da Otan. Só para constar, a Suécia, agora rebelde e noviça, é fabricante de um caça multiuso leve, monomotor de quarta geração e meia, fabricado pela empresa aeroespacial Saab. No caso de uma nova crise de TPM – Transtorno do Putin Maluco, a Suécia não carecerá de ajuda dos novos colegas intrigados com o russo acusado dentro de suas próprias linhas, porque seus jatos modernos, velozes e versáteis poderão fazer frente aos Sukhoy da Rússia. Muitos deles abatidos nos céus esfumaçados da Ucrânia.
Sem precisar por os pés na beira da praia de Mariupol, os Estados Unidos ajudaram a Ucrânia sitiada a por a pique a manina dos olhos da armada Russa, o Moskva, o navio mais importante da frota do Kremlin, que hoje jaz silente nas águas do Mar Negro; um verdadeiro soco no pâncreas ou adjacências mais ao sul. Dezenas de tanques russos aparecem desmembrados, com suas lagartas metálicas partidas e torres ainda fumegantes, conforme mostram imagens aéreas incontestes. Para os gozadores de plantão, não obstante a seriedade do contexto, o “Z” pintados nos tanques e outros veículos de suporte às operações, que caracterizam as forças invasoras de Putin, está sendo visto como símbolo de “Zebrou” ou deu zebra. Não deu certo.
O ginasta Ivan Kuliak, que disputou contra um ginasta ucraniano (e perdeu), durante a Copa do Mundo de ginástica artística, afrontosamente improvisou no peito, no seu colant, feito com esparadrapo a letra Z, numa desnecessária provocação para os presentes. A letra Z é o símbolo da guerra de seu país invasor. Não pegou bem. Além de perder a medalha vai ter que devolver, em dólares – comitê não aceita rublos – o prêmio a que fez jus: enfim, um mini caos diplomático condenado pelo resto do mundo. E por falar no mundo, no outro lado do mesmo mundo, reduzido em um alvo comum frente às ameaças nucleares do “tovaerich” Vladmir, um czar do Olimpo – Supremo Tribunal Federal, leia-se o czar Alexandre de Moraes patrocina mais uma pendenga, inventando mais multa para o deputado Silveira. Alexandre, por incrível que pareça, em grego significa “defensor da espécie humana”.
É caos na Europa, caos nas ameaças, na crise dos combustíveis, caos nas futricas internas, na venda da Petrobrás e outros que tais. Ao que tudo parece, céu de brigadeiro, paz e muito amor, somente na lua-de-mel do renovado menino Lula, mal saído de uma festança pra ninguém botar defeito e deixar a periferia babando, sonhando que, como companheiros “aplaudintes” que são, também podem sonhar com uma festança assim, ter a sua vez debaixo dos holofotes em merecida noite de rico, de vinho caro, de bufês fartos e variados.
Enquanto Putin se diverte com os seus jogos de Guerra, o Dória é banido dos holofotes, sob os quais sapateou e a Simone Tebet, uma das mais bonitas, inteligentes e elegantes parlamentares desfila calada nas passarelas onde costumam desfilar as mais variadas vaidades e em silêncio vai comendo pelas beiradas, ensaiando uma disputa provável para ocupar a cadeira máxima do poder no Brasil. Enquanto isso também, o Elon Musk… bem, ele ainda não é um caos.
Análise do colunista Antônio Capibaribe Neto.