Nesta quarta, 20, o ministro Alexandre de Moraes votou, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), pela condenação do deputado Daniel Silveira, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB-RJ), a oito anos e nove meses de prisão, em regime fechado. O deputado foi acusado por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a instituições oficiais, como o próprio STF.
No voto, o ministro e também relator do caso, também condena Silveira à perda do mandato e suspensão dos direitos políticos e multa estipulada em R$ 212 mil, além da pena de prisão.
Logo após o começo da sessão, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, Silveira chamou Moraes de “marginal”, “reizinho” e “menininho frustrado”. Após o discurso na tribuna, o deputado se dirigiu ao prédio do Supremo acompanhado do deputado Eduardo Bolsonaro, do Partido Liberal (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.
Porém, ambos foram impedidos de entrar no plenário devido a uma regra em vigor no tribunal, editada em razão da pandemia, que limita o acesso ao local a advogados, integrantes do Ministério Público, ministros e servidores do STF que atuem em processos pautados para a sessão.
O STF informou que ofereceu a ambos deputados uma TV para acompanhar o julgamento em um dos salões do prédio, mas que eles preferiram voltar ao Congresso.
Até o momento da reportagem, o julgamento ainda estava em andamento. Faltavam os votos dos outros dez ministros.