Nesta segunda-feira, 27, a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) realiza, no Plenário 13 de Maio, sessão solene em homenagem ao Março Roxo (Purple Day) – Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia. O requerimento para a realização do ato é do deputado estadual De Assis Diniz (PT).
“Há muito desconhecimento e preconceito em relação à epilepsia. É importante que as pessoas conheçam o problema, descubram que existe tratamento adequado e que o poder público ofereça opções para quem mais precisa. É um tema relevante porque caso não seja diagnosticado e acompanhado corretamente pode levar à morte”, explica De Assis.
Segundo o Ministério da Saúde, a epilepsia consiste em uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas. A doença pode ser causada por uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, por exemplo, por abuso de bebidas alcoólicas ou outras drogas etc.
Às vezes, a causa é algo que ocorreu antes ou durante o parto. Os principais sintomas ficam evidentes em crises epilépticas:
- A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como “ataque epiléptico”. Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
- A crise do tipo “ausência” é conhecida como “desligamentos”. A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores.
- Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoa estivesse “alerta”, mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente.
- Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações, ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas, ou, ainda, alterações transitórias da memória.
TRATAMENTO
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde.