A Advocacia-Geral da União pediu, na noite deste domingo, 8, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), por suposta responsabilidade nos eventos que resultaram na destruição das sedes do Planalto, do Congresso e do STF. O pedido também requer a prisão em flagrante de bolsonaristas radicais responsáveis pela invasão.
De acordo com o pedido, os ataques bolsonaristas foram possíveis por causa da negligência das forças de segurança então comandadas por Torres. Ele foi exonerado do cargo ainda neste domingo.
A AGU pediu que o STF determine às autoridades competentes a apuração e responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos atos ilícitos, incluindo agentes públicos, além da realização de perícia e outros atos necessários à coleta de provas. Além disso, a Advocacia-Geral solicitou a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o País e a dissolução dos atos antidemocráticos realizados nas imediações de quartéis e outras unidades militares.
Redes Sociais
O órgão federal pediu, ainda, que STF determine a interrupção da monetização de perfis em redes sociais que incentivaram a tentativa de depredação de prédios públicos. As empresas de telecomunicações, em especial as companhias de telefonia celular, deverão armazenar, por 90 dias, os registros de conexão suficientes para a identificação e a geolocalização dos usuários que estão nas imediações na Praça dos Três Poderes e do Quartel-General do Exército no Distrito Federal. As informações são da Agência Brasil.
Terror em Brasília
Apesar dos bloqueios na entrada da Esplanada dos Ministérios, na capital federal, e da determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do emprego da Força Nacional neste fim de semana, seguindo até pelo menos esta segunda-feira, 9, bolsonaristas invadiram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto e depredaram os espaços.
Cerca de 100 ônibus e 3.900 pessoas desembarcaram em Brasília para as ações de caráter criminoso. No STF, vidros e móveis foram atingidos. No Planalto, foram quebradas obras de arte, portas e uma mesa de vidro. No Congresso Nacional, o prejuízo foi a cadeiras do plenário. Um grupo de bolsonaristas cometeu os crimes contra o patrimônio público da União após furar o bloqueio feito pela polícia.