É incrível a capilaridade do agronegócio. Não se trata apenas de plantar e colher, de criar animais e produzir alimentos a partir deles. Não se trata só de manejo, técnicas rurais, tecnologia adaptada ao saber popular. Agronegócio é uma atividade de raiz, que se mistura à história de lugares e de sua gente. É como uma grande colcha de retalhos costurada no campo e fora dele.
As aptidões agrícolas e pecuárias de cada região são vividas para além do campo. Elas fazem parte da rotina das comunidades, das escolas, do comércio, da vida familiar e coletiva. O lazer também segue o mesma linha, perpetua tradições. É bonito ver vaqueiros vestidos a caráter desbravando a mata em pegas de boi. É desse animal que vem a carne, o leite, o couro… cada atividade reverencia sua raiz, sua base, seu nascedouro.
Há eventos também, que movimentam o turismo e a economia regional. Quixeramobim – que tem uma das maiores bacias leiteiras do Estado, com 85 mil bovinos e uma produção estimada em mais de 200 mil litros de leite por dia, movimentando cerca de R$ 14 milhões por mês – vai sediar mais uma edição do tradicional torneio Copa Leite, em novembro.
Representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) se reuniram com a comissão organizadora do evento para definir detalhes. A Copa Leite também envolve o Sebrae Ceará, a prefeitura de Quixeramobim e da Unileite, entidade que congrega produtores de leite do município.
Além do torneio leiteiro, estão programadas oficinas técnicas, feira de negócios, festival do queijo e exposição de animais. A expectativa é de que o evento receba mais de 5 mil pessoas, entre produtores e público geral.
Uma tradição produtiva que avança no agronegócio e une a ele lazer e conhecimento.
Isso mostra o poder de abrangência das coisas do sertão, da vida rural e de tudo que surge a partir dela.