O deputado estadual Agenor Neto (MDB), vice-líder do Governo do Ceará na Assembleia Legislativa, disse que o foco do partido para as eleições de 2026, no Estado, deve ser a permanência de Jade Romero (MDB) como vice na chapa para a reeleição de Elmano de Freitas (PT). O nome da vice tem sido cotado para deputada federal. Ao OPINIÃO CE, o parlamentar, em sua defesa, não rejeitou que a legenda poderia abrir mão de uma possível vaga ao Senado nas negociações para permanecer com Jade na chapa ao Executivo. O deputado federal Eunício Oliveira, presidente do MDB no Estado, se coloca como pré-candidato à Câmara Alta do Congresso Nacional.
Conforme Agenor, Jade tem se mostrado uma “mulher com sensibilidade enorme” e que vem contribuindo com o projeto do grupo governista. “Por isso, defendo muito que ela continue como vice-governadora. O que está dando certo não pode mudar”, disse ele. Nos primeiros dois anos de Elmano, Jade foi também secretária das Mulheres. Atualmente, ela desempenha também o papel de secretária da Proteção Social, uma das pastas com o maior orçamento no Executivo.
“Sou defensor de que ela não vá para Brasília. Sei que seria uma grande parlamentar, mas que possa continuar aqui ajudando o estado do Ceará nesse momento de avanços. Não tenho dúvida de que é a pessoa certa no lugar certo”, afirmou o parlamentar.
SENADO
Questionado se ele acredita que o partido poderia abrir mão de uma possível candidatura ao Senado dentro da chapa governista que vai apresentar dois nomes à Casa, Agenor destacou que “a pedida” do MDB, se o partido tiver apenas uma, deve ser a continuidade de Jade na Vice-Governadoria. “Dentro do MDB se fala em candidatura para federal, Senado, outras coisas. (…) A primeira pedida do PT tem que ser Elmano. Se o MDB tiver só uma pedida, tem que ser a Jade”, acrescentou.
De acordo com ele, a população espera que as lideranças que possuem cargos eletivos escolham aquelas pessoas que “tem o melhor” para ocupar os cargos políticos. O legislador diz que sua correligionária é “uma mulher testada” e “reconhecida por todos”. “A oposição já está desesperada, com medo de que continue como vice”, completou.
Para o próximo ano, o grupo governista vai apresentar dois nomes ao Senado Federal. Pelo menos oito agentes políticos são cotados: o senador Cid Gomes (PSB), os deputados federais Eunício, José Guimarães (PT), Luizianne Lins (PT) e Júnior Mano (PSB), o ex-senador Chiquinho Feitosa (Republicanos), o presidente da Assembleia, Romeu Aldigueri (PSB), e o chefe da Casa Civil, Chagas Vieira. Sem citar a possível candidatura de Eunício ao Senado, Agenor reconheceu que sua fala pode trazer incômodo:
“Posso trazer incômodo para alguém. Serei incômodo, mas pensando no melhor para o estado do Ceará. O que está dando certo tem que continuar”, frisou.
Ainda durante a entrevista, o deputado voltou a defender o nome de Chagas Vieira para o Senado. Ele lembrou que foi o primeiro a citar a possibilidade de o secretário, nome forte do Governo, disputar o pleito majoritário no próximo ano. Desde que Chagas retornou ao Governo, aliás, o parlamentar ressaltou que ele deu não apenas uma alma nova ao trabalho do Executivo, mas um gás a todos os secretários.