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7 de dezembro de 2024

Acompanhando tendência nacional, Ceará teve aumento de 7,8% de óbitos em 2021

Em números absolutos, o aumento representa 5,1 mil mortes a mais que em 2020. Pandemia de Covid-19 foi principal fator pelo recorde
Foto: Mauri Melo/Prefeitura de Fortaleza

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O Ceará teve aumento no número de óbitos em 2021, chegando a 70,5 mil registros. O número representa alta anual de 7,8%; são 5,1 mil mortes a mais que em 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento acompanha a tendência do restante do país, que registrou crescimento de 18,01% de óbitos naquele ano.

Os dados são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, do IBGE. De acordo com a gerente da pesquisa, Klívia Brayner, “a pandemia de Covid-19 mexeu muito com a parte demográfica do país”. O levantamento do Instituto aponta ainda que, no Ceará, o aumento percentual de óbitos entre as mulheres (10,5%) superou o dos homens (5,8%).

A maior parte dos óbitos foi na faixa dos 60 anos ou mais de idade, com destaque para a faixa etária de 70 a 74 anos, que registrou 10,3% do total de óbitos. Para as idades abaixo de 20 anos, houve redução dos óbitos entre 2020 e 2021, isso se verifica desde 2017.

Cerca de 66,3% dos óbitos de 2021 ocorreram em hospital, 26,7% em domicílios e em 2,4% em outro local de ocorrência ou sem declaração. Além disso, 89,3% dos óbitos ocorridos (62,9 mil) foram por causas naturais.

NE abaixo da média

A região Nordeste, todavia, registrou patamar inferior à média nacional: 7,1%. A Região Sul, que entre 2019 e 2020 foi a menos afetada em termos da variação relativa de mortes, registrou aumento de 30,6% de 2020 para 2021, o maior entre as Grandes Regiões, seguida por Centro-Oeste (24,0%) e Sudeste (19,8%) e Norte (12,8%).

No restante do Brasil, o número de óbitos cresceu 18,0% em 2021, o que representa 273 mil mortes a mais do que em 2020, totalizando aproximadamente 1,8 milhão. Segundo o IBGE, esse é o maior índice da série histórica, iniciada em 1974.

Nascimentos em queda

Na contramão, o número de nascimentos caiu 1,6% em todo o Brasil, uma redução de cerca de 43 mil nascimentos, ficando próximo aos 2,6 milhões. Esse é o nível mais baixo da série, considerando os dados a partir de 2003, quando houve uma mudança metodológica no indicador.

“Quando a demografia faz seus estudos, desenvolve projeções baseadas em um cenário mais ou menos estável. Mas o número de nascimentos ficou muito abaixo do que a própria projeção do IBGE indica e o número de óbitos, muito acima”, aponta a pesquisadora Klívia Brayner.

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