Era uma vez um Estado que não honrava dívidas e sequer pagava seus servidores. Pior, a folha de pagamento era repleta de funcionários fantasmas, gente que recebia sem trabalhar. Tinha as chamadas gonzaguetas, espécie de vale para descontar na “esquina”. Tempos que se foram. O Ceará vivenciou períodos ruins, alimentado por homens públicos que não honraram o compromisso com a sociedade.
Ao amanhecer dos dias, na atual temporada, vivenciamos o diálogo difícil entre a sociedade e lideranças. Isso preocupa. Não se pode pensar em destruir o que está amadurecido. O desejo de poder tem limite e o limite é o bom senso, o emprego, a geração de renda.
A disputa eleitoral eletrizante, fora de propósitos e dos padrões contaminou a opinião pública, mas deve ser melhor analisada no lar, nas ruas. Não podemos limitar o futuro a ideologias de direita ou esquerda. A meta deve ser sempre educação, mais educação e resultados na educação.
A preocupação com o destino do Ceará tem que estar na pauta de todos nós, não uma batalha contra “A” ou “B”. Precisamos avançar para uma diferenciação entre o que queremos e o que é possível construir. O amadurecimento deve ser a meta.
O Ceará é um Estado diferenciado em se tratando do Nordeste. Temos 2% da economia nacional, a mesma economia da pujante Santa Catarina. Temos o maior PIB entre capitais nordestinas, melhor resultado na educação pública e somos líderes em turismo. Há um patrimônio construído e, independente de quem vai usar a caneta, os cearenses esperam avanço. O embate político precisa ser decidido com foco na população e em suas necessidades, sempre.