A informação foi publicada pela Agência Brasil, serviço de distribuição de notícias do Governo Federal: “Mais de 50% das crianças do 2º ano do fundamental não conseguem ler”. É perturbador e repercute as trevas em que se enfiou a educação na gestão de Jair Bolsonaro.
Diz o texto:
“Mais da metade das crianças do segundo ano do Ensino Fundamental da rede pública não aprenderam a ler e escrever no Brasil. A informação é do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base nos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2021. (…) Segundo o Unicef, os resultados indicam que 56% dessas crianças não foram alfabetizadas na faixa etária esperada e elas se somam a outros milhares de meninas e meninos no Brasil que estão na escola sem saber ler e escrever. (…) A situação já era preocupante antes da pandemia da covid 19, quando o país registrava quase 40% de crianças não alfabetizadas no segundo ano do ensino fundamental, e se agravou ao longo da emergência mundial”.
Essa pauta há de se tornar obrigatória nas discussões eleitorais deste ano. Prefeitos e vereadores – e eleitores, claro – têm responsabilidades intensas e imensas sobre tudo o que se faz e se deixa de fazer em campos de extrema sensibilidade social, entre os quais está a Educação. E não investir em Educação é não investir em nada.
POR AQUI
Enquanto mais da metade das crianças não foram alfabetizadas, numa soma de resultados das ações da covid e das omissões do governo de Jair Bolsonaro, a Prefeitura de Fortaleza achou de “empurrar com a barriga” a apresentação de contraproposta a professores da rede de escolas. Por conta da demora, os educadores resolveram interromper as aulas de ontem até amanhã. A categoria reivindica 10,09% de aumento salarial.
PARA NÃO DEIXAR DÚVIDA
A deputada Larissa Gaspar (PT), pré-candidata no partido à vaga de prefeiturável em Fortaleza, não quer amaciar na disputa interna. E vem batendo “de com força” na gestão atual do Paço Municipal. “Sou oposição ao projeto fracassado do PDT e ao bolsonarismo. Conheço a cidade. Nas ruas, escutei o povo, como vereadora, e agora como deputada”, disse em vídeo nas redes sociais.
EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA
A propósito, os professores municipais, que estão em campanha por reajuste salarial de 10,09% colocaram para sambar ontem o bloco pré-carnavalesco Paulo Freire. Trata-se de ação bem-humorada para pressionar o prefeito José Sarto (PDT) a apresentar uma contraproposta à pauta do magistério. Mas Sarto nem se requebra.
PORTA DE FRENTE
Antônio Tabet, ator, diretor e roteirista de teatro e TV, fez pontaria e disparou uma avaliação certeira do caso Abin: “Não existe esse negócio de ‘Abin paralela’, ‘Abin alternativa’ ou ‘Abin clandestina’. É a Abin e ponto. A agência precisa ser responsabilizada dos pés à cabeça. Improvável que um percentual tão grande de equipamentos e funcionários seja corrompido sem, no mínimo, uma vista grossa de quem está sentado sobre tanta ‘inteligência'”. Tabet é um dos nomes à frente do grupo de humor Porta dos Fundos.
É O BICHO!
Realizado em Fortaleza, o evento de cultura oriental Sana promoveu na agenda paralela uma feira de adoção de animais de estimação. E conseguiu que 79 cães e gatos, antes abandonados, ganhassem novos lares. De quebra, obteve mais de meia tonelada de rações ofertadas pelo público. Não se trata de uma ação meramente afetiva, mas humana e sintonizada com a saúde pública.
QUESTÃO DE COMPREENSÃO
Do presidente Lula, que, pelas artes de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, ficou preso 580 dias entre 2017 e 2018 e impedido de se candidatar ao Planalto, o que favoreceu a eleição de Jair Bolsonaro: “Não vejo problema se é decisão judicial. O que espero é que as pessoas que estão sendo investigadas sejam investigadas, que tenham direito à presunção da inocência, que eu não tive, e acho que as pessoas que não devem não temem”. Fica como recado, então.
O QUE VEM POR AÍ
As instituições parlamentares reiniciam amanhã as atividades legislativas, nas quais estavam de recesso desde o fim de dezembro. As eleições deste ano vão alterar o funcionamento das casas, que poderão fazer recesso branco a partir de julho ou alterar as rotinas de trabalho. Que o eleitor fique atento.