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15 de maio de 2025

A importância das decisões

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Alguém escreveu, e faz sentido, que não se volta atrás nas decisões porque elas já vêm agarradas às consequências, sejam elas quais forem. Assim, só resta, como alternativa, pensar nas decisões seguintes. Assumo-me como exemplo ainda vivo de decisões erradas e, ao mesmo tempo, das lamentações decorrentes dessas decisões que, por pouco, não viraram uma desastrada bola de neve.

Fui negligente, que diabos, fui. Devia ter construído uma vida que fizesse mais sentido ao evitar as areias movediços que me deram trabalho infernal para não afundar. Queria poder voltar no tempo e refazer alguns caminhos, evitar becos e vielas, dar de ombros para a cara gorda que me olhou com ódio… ah, como eu queria! O que eu te fiz, infeliz? Podia ter decidido propósitos mais firmes.

Queria encher o silêncio pesado que me acua em cada canto da minha casa com esses gritos retumbantes: “nunca torci por Bolsonaro, nunca fiz coro com os que chamam Lula de Ladrão”. Os dois são desonestos, como o cínico da cueca milionária. Deixei de viver por tudo aquilo que acreditei no fundo do coração e me mantive fiel aos valores que tolamente negligenciei, como os princípios herdados. Esgarcei o orgulho das minhas raízes simples, acreditando que alguém pudesse vir me salvar. Sem me dar conta, acabei terceirizando a minha paz e felicidade, deixando de fazer acontecer por mim e para mim.

A verdade é que, daqui a alguns anos, ninguém se lembrará das minhas escolhas e decisões, exceto EU MESMO, mas já não estarei mais aqui. Como consolo, pensei: “Aquele que culpa os outros tem um longo caminho na sua jornada. Aquele que culpa a si mesmo está na metade do caminho. Aquele que não culpa ninguém, já chegou lá!, em paz…” Por isso, já fiz as malas para seguir em frente.

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