Quando o então governador Cid Gomes estava em seu segundo mandato a frente do Palácio da Abolição, a seis meses do pleito que iria ocorrer para sua própria sucessão, vários de seus correligionários se lançaram publicamente, à época, nos meios de comunicação como um todo, redes sociais populares, rádios, jornais impressos, blogs e etc, para serem o escolhido a sentar na principal cadeira do poder executivo cearense.
Publicavam pesquisas, enquetes e fotos em eventos abraçados com crianças, jovens, adultos e idosos; cada um ao seu modo, apresentava-se ao eleitor e mandava via imprensa como recado direto a tantos quantos.
Cid Gomes não é mineiro, eis que nasceu na próspera Sobral, mas é na linda Serra da Meruoca que busca mais serenidade tão peculiar ao seu fino trato para com todos, onde respondia às inquietações dos amigos:
– “Quem deve lançar candidato agora ao pleito é a oposição, o nosso somente próximo das convenções partidárias”.
Simples assim, Cid ensinou desde aquele período que não existe necessidade de exposição de quem seja estando em pleno curso uma gestão administrativa, a articulação e antecipação de eleições que na prática muda-se de comportamento tal qual uma nuvem carregada nos céus de Icó, que bem definia o profeta de saudosa memória Otacílio Holanda:
– “Pode chover nuns cantos sim; noutros não”.
E ainda tem muita chuva boa pra banhar as nossas ruas largas e becos estreitos.
Mesmo assim, os partidos e os impacientes se movem, se articulam e seguem para o segundo turno, já que o primeiro tempo do jogo encerrou-se após fecharem de volta a janela partidária de mudanças de partidos.