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8 de outubro de 2024

A cozinha do São João vai além de deliciosos sabores

Confira a coluna desta semana.

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O São João, finalmente, está de volta, né? E com ele iremos puxar um gancho sobre a cultura alimentar de cada estado, entender um pouco mais e mostrar as peculiaridades de região. O ato alimentar é um fato biológico-nutricional, ou seja, todos nós precisamos adquirir certos nutrientes para nos alimentar e viver. Porém, esse ato nunca é somente um fato biológico, já que todo o processo necessário para a alimentação provém de uma série de aspectos culturais da sociedade em que estamos inseridos, levando em consideração que a alimentação é, também, um importante fator de representação de diferentes grupos sociais.

Comer é mais que ingerir um alimento: significa também as relações pessoais, sociais e culturais que estão envolvidas no ato da ingestão. O modo como o alimento é pensado, preparado e consumido não parte apenas de uma escolha pessoal, mas têm influência de diversos fatores, como o período histórico, a cultura local, os costumes…

Além de expressarem os modos de vida das pessoas. Mais do que modos de vida e costumes alimentares, as cozinhas
significam formas de perceber e expressar um determinado estilo de vida que é particular a um determinado grupo. Estamos vivendo um mês em que é muito fácil perceber essa influência do período festivo na alimentação. Percebemos com maior frequência produtos como munguzá (também conhecido por nós ludovicenses como mingau de milho), canjica, pamonha.

Engraçado perceber que, em São Luiz (MA), pratos como vatapá, caruru, torta de camarão seco, são “típicos” deste
período junino. No dia a dia, não os encontramos com tanta facilidade. Se formos à São Paulo ou ao Rio de Janeiro,
talvez, nem encontremos manifestações de celebração pela data. O São João é considerado cultural da região Nordeste, onde cada estado possui suas características, seja de folclore, seja alimentar. Mas me diz, vocês também são apaixonados pelo período?

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