Estamos a 33 dias da data da eleição. Um pleito atípico e considerado de histórica importância por marqueteiros e lideranças políticas. As imagens, até aqui, demonstram pouca participação popular. A impressão que se passa é a de uma militância que não tem envolvimento. Parece um pequeno exército de pessoas contratadas para bater palmas e gritar nas ruas e comícios. A única imagem que impressionou, até agora, foi a presença de Bolsonaro na Festa do Peão de Barreiros, onde 200 mil pessoas gritavam “mito, mito, mito”!
Com candidatos que não empolgam, como Lula e Bolsonaro, a campanha se arrasta, e o eleitor parece ter vergonha de se manifestar sobre candidaturas. É triste. A pauta sobre como resolver o problema do pobre deixa muito vulneráveis os candidatos e joga no chão os seus propósitos. A distribuição de dinheiro, por si só, não é uma política pública.
Pode até ser um temporário auxílio de Estado, mas fica longe de resolver o problema. Há 1.500 anos, se fala no combate à pobreza e ela só aumenta. A desgraça social está no capitalismo de ganância, combatido apenas por alguns países europeus. Os ricos, a cada dia, querem ficar mais ricos, não olhando para os lados ou para baixo da escada, onde surgem mais pobres.
Lula e Bolsonaro associam a miséria às facções, ao analfabetismo e à falta de oportunidades. Um deles governou o Brasil por 13 anos. O outro está fechando quatro anos de mandato. Deveriam ter projetos reais para um Brasil onde a pobreza poderia ser combatida, por meio da educação, pesquisa, investimento em novas e modernas indústrias, segurança e em projetos sociais verdadeiros, como fizeram a China, Cingapura, Coreia do Sul e Vietnã.
OAB do Ceará contra o agronegócio
Amílcar Silveira exibe revolta contra a OAB, por defender Lula, que taxou de “fascistas” os empresários do agronegócio. A Comissão do setor na OAB lançou nota de repúdio ao ex-presidente e à direção da entidade. A Faec vai à Justiça.
A campanha de papel
O setor gráfico está em alta, com os altos investimentos em santinhos e adesivos. Imaginava-se que o setor não conseguiria bons negócios, por conta do WhatsApp, Instagram, Facebook, Telegram e outros aplicativos. Nos comitês, tem até chuva de santinhos.
Sem fenômenos
A eleição no Ceará parece caminhar para não termos surpresas, os chamados fenômenos eleitorais. Partidos fazem sacrifícios para obter o coeficiente eleitoral e eleger deputados. Poderemos ter pulverização de votos, ou seja, gente se elegendo com baixa votação.
Mazé de Ibernon
Parte de Limoeiro do Norte tem a esperança do Vale do Jaguaribe conseguir eleger dois deputados federais, com a entrada da Dra. Mazé Maia na disputa. A candidata, também, é lembrada como Mazé de Ibernon. Seu pai, Ibernon Maia, é um produtor rural, conhecido como Rei do Milho no Nordeste. Pessoa simples, Dra. Mazé faz campanha, promovendo caminhadas, reuniões e usando a Internet. Ela é uma aposta de Domingos Filho.