Neste sábado, 27, no Vaticano, o papa Francisco participou da cerimônia de posse de 20 novos cardeais da Igreja Católica, dos quais dois são brasileiros: o arcebispo da Amazônia, Dom Leonardo Steiner, e o de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.
A reunião onde os novos cardeais são empossados é chamada de Consistório Ordinário Público e foi realizada na Basílica de São Pedro, podendo ser consultada na página da Santa Sé na internet. O consistório desse ano deve ser utilizado pelo papa como auxílio para tomar decisão sobre pedidos de canonização.
Com as novas posses, o Brasil passa a contar com oito integrantes no Colégio Cardinalício, que é o corpo responsável por tomar as principais decisões e ocupar cargos e funções ativas na administração do Vaticano. Em 8 de agosto, quando foi atualizado pela última vez, constavam 206 cardeais na lista da Santa Sé, ainda sem incluir os empossados neste sábado.
Desse total, 116 são eleitores, ou seja, possuem menos de 80 anos e participam do concílio para a escolha de novos papas, por exemplo, podendo votar e serem votados. Com os dois novos cardeais, o Brasil passa a ter seis eleitores.
No mês passado, ao final da sua viagem ao Canadá, o papa Francisco revelou que pode renunciar ao cargo devido ao seu estado de saúde, embora não no curto prazo. O pontífice de 85 anos alega dores no joelho e dificuldades de mobilidade provocadas por outros problemas de saúde.
Brasileiros
Os cardeais que foram empossados neste sábado foram nomeados em maio. Dom Leonardo Steiner, franciscano igualmente ao papa, nasceu em Santa Catarina e por duas vezes já ocupou a direção geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Leonardo foi nomeado arcebispo de Manaus em 2019 e agora se tornou o primeiro cardeal da região amazônica do Brasil a tomar posse no Colégio Cardinalício. Já havia uma expectativa em torno da sua nomeação devido a ênfase dada às questões ambientais durante o papado de Francisco.
Dom Paulo Cezar Costa foi pároco de várias cidades no interior do Rio de Janeiro, como por exemplo Vassouras e Valença. Em 2011, foi nomeado pelo papa como bispo-auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Dois anos depois, foi diretor administrativo da Jornada Mundial da Juventude, também no Rio. O cardeal se tornou bispo de São Carlos em 2016 e arcebispo de Brasília em 2020.