A Cadeia Pública do Crato atingiu a meta histórica de 100% das internas vinculadas em programas de ressocialização como capacitação profissional, estudo e trabalho. A atual gestão da Secretaria da Administração Penitenciária tem, como objetivo, exercer projetos que possibilitem mudança de perspectiva para as internas e propiciem reintegração social.
A maioria das atividades realizadas na unidade têm o objetivo de desenvolver a cidadania das internas. Uma dessas atividades é o investimento educacional, que envolve, regularmente, 89 internas. O catálogo de atividades laborais da unidade conta, periodicamente, com diversos serviços, como artesanato, capinação, conservação da horta, crochê, manutenção do próprio estabelecimento penitenciário e limpeza das áreas comuns.
No total, são 5 turmas matriculadas nos cursos de alfabetização, ensino fundamental II e ensino médio, além de acesso a outros locais de aprendizagem e participação no projeto Livro Aberto, que prevê a remição da pena por meio da leitura.
A interna, Adeise Correia, valoriza o aprendizado conquistado na unidade prisional. “Graças a unidade, hoje eu sei ler e escrever. Fico muito feliz, pois quando eu tiver a minha liberdade, poderei conseguir meu emprego e continuar a estudar. No futuro, almejo fazer faculdade, pois nunca é tarde para alcançar nossos sonhos. Ainda darei muito orgulho a minha família e meus filhos”, afirmou.
Adriana Teixeira de Oliveira, interna que se capacita no artesanato, é importante saber que fora dos muros o cropped é um símbolo de reação feminina. “Eu criei essa peça como forma de ilustrar meu esforço e para ter a compreensão que um dia vou refazer minha vida lá fora de outro jeito. De certa forma, eu posso assegurar que eu fiz esse cropped e que vou sim reagir e escrever belos novos capítulos na minha vida”, declarou.
David Mota/Especial para OPINIÃO CE