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25 de abril de 2024

É possível fazer diferente daqui pra frente

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Eu já atendi diversas mulheres mães, e, em meio a tantas delas, a alegria de algumas amizades. Já vivi minha experiência materna e também já conjecturei, em pensamentos, no observar dos detalhes. Uma coisa sempre me chama atenção. Nós mães temos a chance de fazer história. Algumas de nós querem repetir. Repetir o trato, a rotina, as manias e, se puderem, repetem até o bater do coração de suas mães. Se dedicam a ser parecidas, e, ao se despedirem delas, perdem também um pedaço de si. Tudo faz falta e tudo se refaz na história futura. O sorriso, a benção, a proteção, o café, o boa noite, a compreensão, o afeto, a amizade. Tudo se faz novo de novo a cada manhã para uma filha mulher que recebeu a graça de ser bem criada. Bem educada e… bem amada. Por um outro lado, um assunto pouco tratado, quiçá renegado, obscuro. As filhas que não tiveram uma experiência tão feliz assim com suas mães. Que foram criadas, mas não acolhidas. Que foram sustentadas, mas não fortalecidas. Elas são muitas também, mas são silenciosas. A sociedade não as aceita tão fácil assim. Essas filhas crescem, se esforçam e algumas se reconstroem.

Esquecem o que passou, forjam um novo caráter e lutam para recomeçar. Muitas vezes longe, mas não o suficiente para apagar todo o passado. Eu quero hoje falar com você. Primeiro: você não está sozinha. Segundo: você tem em mãos uma linda oportunidade. Oportunidade de perdoar. De esquecer. De fazer acontecer. De ser a mãe que será colo e abrigo, que saberá ouvir e entender. Você tem em mãos uma vida inteira para ser a mãe que você gostaria de ter. E, quando te faltarem recursos, busque uma boa inspiração. Há sempre uma mãe por perto para te inspirar, basta um coração atento que você vai encontrar. Seu mantra a partir de hoje será assim: é possível fazer diferente daqui pra frente. E você vai.

Priscila Baima

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